“Sei que estás em festa, pá/ Fico contente/ E enquanto estou ausente/ Guarda um cravo para mim”
Em 25 de Abril de 1974 com o viço de quem tem vinte e um anos vivi a alvorada de um novo amanhã.
A mente abriu-se, abarcou todo um mundo desconhecido até então!
Ao olhar o mundo, sem palas, pude perceber que o preço duma revolução seria/é muito elevado havia/ há assimetrias difíceis de dissipar porque aceites por cultura milenar.
Ter vinte e um anos em Abril foi um privilégio, até Chico Buarque o invejou.
Ter vinte e um anos em Abril responsabilizou-me
Abril feito de cravos embebeceu-nos, o deslumbramento desconcentrou quem deveria estar em alerta constante
Amanhã quando voltar a viver Abril vou/vamos ser mais responsáveis não serão franqueadas todas as portas do reduto da liberdade, defenderemos e atacaremos para preservar o legado que nenhum povo pode desprezar, o legado que faz do povo senhor do seu destino.
É preciso cumprir Abril!
Manuel Vieira
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