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Home Ciência

A misteriosa estrela de Belém pode não ter sido uma estrela

24 de Dezembro de 2018
Reading Time: 4 mins read
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A misteriosa estrela de Belém pode não ter sido uma estrela
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(CC0/PD) geralt / pixabay

Um dos grandes símbolos da época natalícia é a estrela. E, por estes dias, a estrela brilhante está presente em músicas ou na árvore de Natal. Tudo se deve ao relato bíblico, mas, do ponto de vista da astronomia, o que é esta estrela?

“Ninguém sabe o que é. Do ponto de vista da astronomia, não há ninguém que possa afirmar que a estrela de Belém foi isto ou aquilo”, começa por dizer Rui Agostinho, astrónomo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, ao jornal Público.

Esta questão aglomera várias componentes, desde o estudo de registos históricos e de datações usadas por várias civilizações para se apurar o ano de nascimento de Jesus Cristo à leitura e interpretação de textos bíblicos. No final, junta-se a astronomia.

A estrela é referida numa passagem bíblica, o Evangelho de S. Mateus, onde pode ler-se: “Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes, chegaram a Jerusalém uns magos vindos do Oriente. E perguntaram: Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.”

“A palavra estrela é usada erroneamente. O termo correto será astro, era o que as línguas antigas utilizavam genericamente para indicar o que estava nos céus”, diz Rui Agostinho. “Fazer a tradução dos textos bíblicos para estrela cria problemas, porque hoje em dia a palavra estrela é atribuída muito especificamente a tipos de objetos que existem no céu.”

No fundo, estrela significaria um sinal no céu. Máximo Ferreira, astrónomo e diretor do Centro Ciência Viva de Constância – Parque de Astronomia, explica: “O que se pensa é que estrela teria o significado de ‘luz que orienta’, ‘luz que serve de guia’. Assim, um ‘sinal no céu’ teria o mesmo significado.”

Afinal, a estrela de Belém pode não ter sido uma estrela. Mas, como destaca Rui Agostinho, não houve um cuidado em fazer uma descrição exaustiva, detalhada e o mais exata possível sobre esta suposta estrela. Além disso, S. Mateus é o único que faz uma referência a este fenómeno e fá-lo de uma forma vaga e ambígua. O astrónomo frisa que nem S. Lucas – que era um médico rigoroso – refere o fenómeno.

As possibilidades

Rui Agostinho refere que os reis magos podem ter visto a conjunção por três vezes entre os planetas Júpiter e Saturno (a Lua também estava muito próxima deles). Este fenómeno terá ocorrido ao longo de meses: a primeira vez terá acontecido em junho, colocando os magos de sobreaviso; a segunda terá sido em setembro, o que fez que iniciassem a sua viagem de camelo para Jerusalém; e a terceira em dezembro, o que os guiou até Belém.

Sugerida pelo alemão Johannes Kepler (1571-1630), esta conjunção tripla entre Júpiter e Saturno pode ter acontecido no ano seis a.C. e é algo raro que só acontece a cada 300 e 400 anos.

Uma conjunção acontece quando um planeta passa extremamente próximo de outro visualmente, ou seja, quando o ângulo de separação entre eles é pequeno. Rui Agostinho acrescenta que este é um fenómeno discreto o suficiente para que a maioria das pessoas não preste atenção, mas que alguém como os magos do Oriente observassem. Além disso, esta conjunção terá acontecido na constelação de Áries, associada ao povo judeu.

Mas há mais hipóteses de “acontecimentos rápidos” como uma supernova e um cometa. Quanto às supernovas, à vista desarmada são muito rápidas e duram apenas semanas. “Não há registo de nenhuma supernova nesses séculos ou que possa ser associada ao nascimento de Cristo”, sublinha Rui Agostinho.

Um cometa também parece ser hipótese incompatível com o tempo de viagem dos sábios pelo deserto e seria um fenómeno a que mais pessoas teriam dado importância. Segundo a história, “quando os magos chegaram a Jerusalém e perguntam ao rei Herodes onde nasceu o menino, Herodes não sabia de nada. Mandou chamar os sacerdotes e estes também não sabiam de nada”, assinala o astrónomo.

Máximo Ferreira indica ainda que naquela época os cometas eram encarados como um “mau augúrio e, além disso, ainda por não se encontrarem registos nem deduções de que um tal astro tivesse aparecido naquela época”.

O cometa acabaria mesmo por figurar no fresco Adoração dos Magos do pintor italiano Giotto di Bondone datado entre 1304 e 1306. Contudo, o símbolo pintado refere-se à passagem do cometa Halley, que terá impressionado Giotto. A partir daí, a estrela de Belém começou a ser representada como um cometa.

Máximo Ferreira acrescenta outras duas hipóteses. Uma delas é a conjunção de Júpiter com a estrela Régulo, que no ano três a.C. terá tido a particularidade de também ter sido uma conjunção tripla. “O planeta passou por Régulo, da direita para a esquerda, estacionou e retrogradou, tendo passado de novo pela estrela, da esquerda para a direita, parou de novo e retomou o sentido de deslocamento habitual, tendo efetuado uma terceira passagem pela estrela”, explica Máximo Ferreira.

A outra hipótese é que até poderia ter sido um grupo de estrelas, caso na época isso fosse considerado um sinal no céu para os magos. “A estrela Régulo e a constelação a que pertence, Leão, eram associadas à tribo de Judá, segundo uma profecia, e traria ao mundo o Messias.”

“Estamos convencidos de que algo aconteceu”, disse Máximo Ferreira. “Podemos não saber interpretar o significado de sinal no céu para procurar o que terá sido, mas é muito provável que a referência tenha alguma justificação.” Já Rui Agostinho refere que a hipótese de não ter mesmo acontecido nada também pode ser colocada.

Tags: AstronomiaCiência & SaúdeDestaqueReligião
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