• Notícias
  • Política
  • Sociedade
  • Cultura
  • Culinária
  • Desporto
  • Saúde e Bem Estar
  • Crónicas
  • País
  • Agenda
  • Estatuto Editorial
No Result
View All Result
  • Login
Paivense
  • Notícias
  • Política
  • Sociedade
  • Cultura
  • Culinária
  • Desporto
  • Saúde e Bem Estar
  • Crónicas
  • País
  • Agenda
  • Estatuto Editorial
No Result
View All Result
Paivense
No Result
View All Result
Home Economia

A política de combate à obesidade na China foi ditada pela Coca-Cola

15 de Janeiro de 2019
Reading Time: 4 mins read
A A
0
A política de combate à obesidade na China foi ditada pela Coca-Cola
Share on FacebookShare on Twitter

(CC0/PD) StockSnap / Pixabay

A Coca-Cola exerceu forte influência sobre a forma como o governo chinês abordou o crescente problema de obesidade no país, segundo um estudo recentemente publicado.

A China está a braços com uma epidemia de obesidade. No meio desta tensão, a Coca-Cola conseguiu influenciar as políticas de saúde do país, de modo a evitar o estabelecimento de um imposto de 20% sobre as bebidas açucaradas e outras medidas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Esta é a conclusão de uma investigação recente da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

A China é já o terceiro maior mercado global de Coca-Cola. No que diz respeito à obesidade, em 2011, 42% dos adultos chineses estavam acima do peso, mais do dobro de que o registado duas décadas antes, revelam os dados oficiais.

Susan Greenhalgh, autora do estudo, chama a atenção para uma “complexa rede de contactos institucionais, financeiros e pessoais” através dos quais a empresa norte-americana conseguiu obter “uma posição de poder nos bastidores que garante que a luta do governo chinês contra a crescente epidemia de obesidade não prejudica os seus interesses”.

A investigadora aponta diretamente o Instituto Internacional de Ciências da Vida (ILSI), uma organização criada em 1978 que pretende ser um “fórum altamente confiável para gerar, recolher e discutir dados científicos sobre questões de impacto na saúde pública”.

O ILSI – além de ter sido fundado pelo vice-presidente da Coca-Cola, Alex Malaspina – é financiado por dezenas de empresas da indústria de alimentos, como a Coca-Cola, o McDonald’s, a Nestlé e a PepsiCo.

Na sua investigação, publicada recentemente na revista BMJ, a investigadora argumenta que a Coca-Cola usou o ILSI para influenciar as políticas de saúde do país.

Também em 1978, a Coca-Cola foi a primeira empresa internacional a receber permissão para se estabelecer na China após 30 anos de isolamento impostos por Mao Zedong. Nesse mesmo ano, Alex Malaspina visitou o país para iniciar relações com cientistas locais. “Rapidamente conheceu Chen Chunming, uma poderosa nutricionista conhecida por ter contactos de alto nível no governo.”

Chen Chunming foi a fundadora dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) da China, uma agência governamental. Em 1993, a nutricionista foi contratada pelo ILSI para dirigir a sua filial chinesa. Atualmente, os órgãos públicos e privados compartilham a sede. “O pessoal do ILSI-China, financiado pela indústria, tem acesso sem precedentes a autoridades do governo”, critica Greenhalgh.

Como consequência dessa influência, destaca o El País, as políticas chinesas estão alinhadas com as estratégias comerciais da Coca-Cola.

Depois de ter recusado responder às questões de Greenhalgh, o ILSI emitiu um comunicado no qual nega ter influenciado as políticas chinesas e em que afirma que sua missão é “fornecer ciência que melhore a saúde humana”.

A investigação de Susan Greenhalgh centrou-se no processo opaco da formulação de políticas baseadas na ciência na China. A investigadora concentrou-se nos esforços do governo para lidar com a crescente crise de obesidade no país.

Ao longo dos anos, a investigação de Greenhalgh destacou as complexas conexões pessoais, institucionais e financeiras que a Coca-Cola cultivava para alinhar a ciência e a política chinesas com o interesse em construir o seu próprio mercado na China.

Em resposta ao estudo de Greenhalgh, a empresa divulgou um comunicado no qual reconhece que “muito açúcar não é bom para ninguém”, enfatizando um movimento em direção a mais transparência no financiamento de pesquisa, além de uma promessa de não ser a principal fonte de financiamento para qualquer estudo.

Apesar desta mudança, a marca da Coca-Cola na política de obesidade chinesa permanece palpável. Greenhalgh analisou documentos de políticas públicas relacionadas à Healthy China 2030, uma iniciativa chinesa revelada em 2016 para abordar doenças crónicas, e descobriu que a maioria dos alvos específicos da iniciativa está relacionada com o aumento da atividade física e que as metas relacionadas à nutrição estão restritas a limitar o consumo de sal.

Em suma, o estudo denuncia o uso de organizações como o ILSI para “promover campanhas educativas ineficazes em vez de medidas legais sobre o preço, disponibilidade e comercialização dos seus produtos”.

LM, ZAP //

Fonte: ZAP

Tags: ChinaConsumoDestaqueEconomiaempresasMundoObesidadePolítica Internacionalsaúde
Previous Post

Castelo de Paiva: 21º Encontro de Cantares de Janeiras lota auditório municipal

Next Post

Governo garante que não há cortes nos benefícios da ADSE

Portugal vai ser o país que mais crescerá na UE neste ano

Portugal vai ser o país que mais crescerá na UE neste ano

A Comissão Europeia revela números otimistas e vê o produto interno bruto (PIB) português a crescer 5,8% no ano corrente, o...

Roberta Metsola defende embargo total ao gás, carvão e petróleo vindo da Rússia

Roberta Metsola defende embargo total ao gás, carvão e petróleo vindo da Rússia

A presidente do Parlamento Europeu (PE), Roberta Metsola, defende que a União Europeia deve deixar de comprar definitivamente o petróleo,...

Gestora compartilha experiência nos mercados brasileiro, europeu e africano

Gestora compartilha experiência nos mercados brasileiro, europeu e africano

Esses países fazem parte da lusofonia, partilhando o português como língua dominante. A administradora de empresas Sandra Raphael é um...

Plataforma Booking erra ao sobrepor reservas

Plataforma Booking erra ao sobrepor reservas

Já não é a primeira vez que proprietários de alojamentos locais de pouca capacidade se deparam com reservas sobrepostas. Como...

Vila Galé apresenta turnê no Brasil com a fadista portuguesa Cuca Roseta

Vila Galé apresenta turnê no Brasil com a fadista portuguesa Cuca Roseta

Apresentações acontecem entre os dias 4 a 10 de maio no Vila Galé Rio de Janeiro, Marés, Cabo e Fotaleza....

Livro ensina gestores a gerarem lucros nos negócios e evitarem o declínio de empresas

Livro ensina gestores a gerarem lucros nos negócios e evitarem o declínio de empresas

Lucro deve ser objetivado no negócio, já que é ele que manterá a empresa perene. O gestor financeiro Vinícius Guarnieri...

Next Post
Governo garante que não há cortes nos benefícios da ADSE

Governo garante que não há cortes nos benefícios da ADSE

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

De Castelo de Paiva para todo Portugal

Nossa missão é entregar notícias de minuto a minuto com ótimos

profissionais e uma linha investigativa de padrão MF Press Global

Visão: Relevância, verdade, agilidade, credibilidade e eficiência

Contacto: info@paivense.pt / mf@pressmf.global

Todos os direitos reservados. Registo ERC número 127076

  • Notícias
  • Política
  • Sociedade
  • Cultura
  • Culinária
  • Desporto
  • Saúde e Bem Estar
  • Crónicas
  • País
  • Agenda
  • Estatuto Editorial
  • Login

© 2021 De Castelo de Paiva para todo Portugal. Nossa missão é entregar notícias de minuto a minuto com ótimos profissionais e uma linha investigativa de padrão MF Press Global.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In