Uma ex-responsável pela divisão de Planeamento e Gestão Urbanística da Câmara Municipal de Cinfães está sob investigação por alegadamente desviar cerca de 100 mil euros através de pagamentos por obras nunca realizadas. O caso remonta a intervenções nos espaços exteriores da biblioteca e auditório municipal, entre 2009 e 2013.
Detalhes do esquema:
- Valor desviado: Quase 100 mil euros em verbas públicas
- Período: Ocorrências entre 2009 e 2013
- Local: Áreas envolventes a equipamentos culturais municipais
- Modus operandi: Pagamentos aprovados para supostos trabalhos de requalificação que não foram executados
Contexto da investigação:
A antiga técnica, que ocupava cargo de chefia na área de obras particulares e planeamento urbanístico, terá aproveitado sua posição para autorizar transferências a empresas contratadas sem a devida comprovação da execução dos serviços. O caso veio à tona durante auditorias internas que identificaram discrepâncias entre os pagamentos efetuados e as intervenções realizadas no local.
Impactos e medidas:
- A autarquia reforçou os controles financeiros após a descoberta
- O Ministério Público já instaurou processo para apurar responsabilidades
- Investigação inclui o exame de documentos e contratos da época
Reação da autarquia:
Fontes municipais afirmam que a Câmara está colaborando ativamente com as autoridades e implementou novos protocolos para prevenir casos similares. O valor lesado corresponde a cerca de 5% do orçamento anual médio da autarquia para obras no período em questão.
Este caso junta-se a outros escândalos de má gestão de fundos públicos em municípios portugueses, destacando vulnerabilidades nos sistemas de fiscalização de obras públicas a nível local. As investigações prosseguem para apurar possíveis conluios com empresas contratadas.