A Associação de Municípios do Douro e Tâmega participou, na qualidade de entidade gestora da Paisagem Protegida Regional da Serra da Aboboreira, no passado dia 30 de abril, na jornada técnica do projeto transfronteiriço PAISACTIVO: Paisagens corta-fogos_ ativação das zonas rurais para um território resiliente, promovida pelo Município de Baião, no MACC – Mosteiro de Ancede, Baião.
Trata-se de um projeto Interreg que visa aumentar a resiliência do território face ao risco de incêndio, potenciando e melhorando a gestão sustentável das zonas agroflorestais, enquanto protege e dinamiza os aglomerados rurais, promovendo a sua sustentabilidade. Entre outras ações, tem dois projetos-piloto, um deles na aldeia de Almofrela, em Baião, e outro na aldeia galega de Infesta.
O grupo foi constituído por elementos das entidades parceiras portuguesas e espanholas do projeto, nomeadamente: Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, Fundação Juana de Vega, Universidade de Santiago e Compostela, Faculdade de Letras da Universidade do Porto e Direção-Geral do Território e por um especialista da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e da Associação BIOPOLIS, técnicos da Câmara Municipal de Baião e técnicos da AMDT.
Os participantes assistiram a uma apresentação académica levada a cabo por João Honrado – Professor da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, investigador no Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos e membro da Associação BIOPOLIS, entidade com a qual a AMDT possui um protocolo para a PPRSA – em torno da contextualização da criação da Paisagem Protegida Regional da Serra da Aboboreira, da sua caracterização, do seu património natural e cultural, da resiliência do ecossistema aos incêndios florestais de setembro de 2024 e das alterações climáticas, daquelas já mesuráveis, das que se perspetivam e do impacto sobre os ecossistemas.
O PAISACTIVO projeto prevê um investimento de cerca de 400 mil euros, que tem como foco principal a preservação e dinamização da Aldeia de Almofrela, localizada na Serra da Aboboreira, implementando ações destinadas à resiliência face aos incêndios florestais, além de intervenções infraestruturais no sentido da sua requalificação e embelezamento, promovendo o reforço do sentimento de pertença por parte da comunidade local.