A Liga dos Bombeiros Portugueses decidiu há dois dias, em Santarém, abandonar de imediato a estrutura da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC). Isto representa um corte radical de protesto contra os diplomas sobre as estruturas de comando aprovados pelo Governo e preocupou a sociedade paivense, que temeu por algum tipo de prejuízo para o concelho e em repercussões negativas no que refere-se ao serviço prestado pelos Bombeiros.
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Jaime Marta Soares, disse que, de imediato, os bombeiros deixam de participar na estrutura da ANPC, podendo mesmo não participar no dispositivo dos incêndios florestais.
Recorde-se que o concelho de Castelo de Paiva foi um dos mais afectados pelos incêndios de 2017, onde quase 80% do concelho ardeu. Deste modo, não é absurda a preocupação manifestada pelos habitantes do concelho mediante as noticias.
Em causa estão as propostas aprovadas pelo Governo em 25 de Outubro na área da protecção civil, com a maior contestação centrada nas alterações à lei orgânica da Autoridade Nacional de Emergências e Protecção Civil, futuro nome da actual ANPC, reivindicando a LBP uma direcção nacional de bombeiros autónoma independente e com orçamento próprio», um comando autónomo de bombeiros e o cartão social do bombeiro.
Desde domingo (dia 9) que a grande maioria dos corpos de bombeiros não comunica aos respetivos Centros Distritais de Operações de Socorro as saídas das suas equipas. Uma atitude que o ministro da considerou ser uma “total irresponsabilidade”.
Afim de tranquilizar a população, mediante a esta situação de incertezas, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Castelo de Paiva emitiu nota, onde expõe sua posição e pensamento diante das determinações do governo português e da ANPC.