O ex-ministro da Saúde de Cavaco Silva, Arlindo de Carvalho, e o seu sócio, José Neto, entregaram ao Estado bens e valores para tentar evitar uma pena de prisão de seis anos a que foram condenados num processo do caso BPN, em 2018.
Ambos pagaram quase um total de 22 milhões de euros de uma dívida que a Parvalorem herdou do BPN, avança o Correio da Manhã. Desse valor, 10 milhões de euros foram pagos em dinheiro e o restante em imóveis.
“Houve um acordo e eu não devo mais nada, mas não posso dizer mais do que isto porque o acordo é confidencial”, explicou José Neto ao CM. Os 10 milhões de euros terão sido obtidos através da venda de um imóvel em Lisboa em 2019. Já os imóveis entregues ao Estado foram comprados pelas suas empresas com créditos do BPN.
Na governação de José Oliveira e Costa, o BPN concedeu créditos de cerca de 60 milhões de euros a empresas de Arlindo de Carvalho e José Neto, a empresas como a Pousa Flores, e a negócios entre os dois sócios e o BPN.
Arlindo de Carvalho e José Neto foram ambos condenados a uma pensa de prisão de seis anos por burla qualificada e fraude fiscal. Os então gestores do banco usaram “terceiros de confiança” para atuarem como “fiduciários” em projetos de investimento, que na realidade pertenciam e eram comandados pelo grupo que dirigia o BPN, explica o Observador. Com este ‘acordo confidencial’ esperam que o Tribunal da Relação de Lisboa suspenda a pena.
Fonte: ZAP