Segundo investigadores, 70% da península encontra-se em alto risco de desertificação e a melhor maneira de combater esta situação é através do replantio de árvores endémicas.
Por este motivo, a Rede Ibérica de Guardiões do Bosque, em parceria com diversas associações internacionais está a empreender uma ação colectiva em toda a península, chamada “A Grande Bolotada Ibérica”.
De 1 de Outubro de 2019 a 1 de março de 2020, o projecto tem como objectivo o plantio de 25 milhões de bolotas, que é um fruto produzido pelo carvalho e nomeadamente pela azinheira e pelo sobreiro que pertencem à família dos carvalhos (Quercus), do sobreiro e da azinheira. Segundo as entidades por trás desta iniciativa, trata-se de um grande desafio colectivo para enfrentar a actual crise climática e travar a desertificação apoiando a recuperação dos bosques ibéricos.
Apesar de ser uma iniciativa com mais de 1300 células na península ibérica, Em todo o Tâmega e Sousa existem apenas três concelhos a participar do projeto: Marco de Canaveses, Resende e a outra em Castelo de Paiva.
Os organizadores referem que a bolota, que são sementes de carvalhos, azinheiras, sobreiros e outras árvores ibéricas, são, e têm sido durante dezenas de milhares de anos, a origem de muitos dos bosques desta parte da Europa e graças à sua resistência e grande capacidade de adaptação às duras condições mediterrâneas consistem numa possibilidade concreta de travar a desertificação da Península Ibérica através de seu plantio.
Como participar
A organização está a criar uma teia de células. Cada célula é uma pessoa ou um coletivo com interesse em criar grupos e organizar ações de apanha e semeia de bolotas. As células podem estar em cidades, bairros ou municípios em todas as províncias da Península.
Mais informações: lagranbellotadaiberica@gmail.com