Uma enorme “jangada” flutuante de pedra-pomes está à deriva no Oceano Pacífico, dirigindo-se para a Grande Barreira de Corais, na Austrália.
De acordo com os média locais, esta horda, que no início de agosto era maior do que a cidade do Porto, carrega uma vasta quantidade de vida marinha que pode ajudar a salvar o maior recife de corais do mundo, reabastecendo-o com milhões de pequenos organismos.
“Teremos milhões de corais individuais e muitos outros organismos, todos juntos com o potencial de encontrar novas casas ao longo da costa”, disse Scott Bryan, professor associado de Geologia da Universidade de Tecnologia de Queensland, na Austrália.
“Este é um caminho para os corais jovens e saudáveis entrarem rapidamente na Grande Barreira”, acrescentou o cientistas.
A “jangada” de rocha vulcânica foi filmada por dois navegadores que, de um momento para o outro, perderam a visão da água do oceano e encontraram uma massa flutuante de pedras em torno da sua embarcação.
Michael Hoult e Larissa Brill partilharam a sua experiência através do Facebook, onde publicaram fotografias da “mancha de destroços” com fragmentos de vários tamanhos.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=BPnSFk71SbY?feature=oembed&w=700&h=394]
Estes escombros naturais, que são resultado de uma erupção vulcânica submarina perto de Tonga, no Pacífico Sul, atingiram já uma área enorme, sendo possível vê-la através de imagens de satélite capturadas pela agência espacial norte-americana.
Segundo noticia o Mashable, a “jangada” atingiu, a 13 de agosto, uma dimensão semelhante à de Manhattan, nos Estados Unidos (59 quilómetros). Em termos de comparação, este valor é maior do que a cidade do Porto (41 quilómetros).
Números mais significativos avança o jornal local 7 News, dando conta que a massa já atingiu os 150 quilómetros quadrados de superfície – são 8.000 campos de futebol.
“Existem provavelmente milhões a mil milhões de pedaços de pedra-pomes a flutuar todos juntos. Cada peça é uma veículo para alguns organismos marinhos”, explicou ainda o cientistas, dando conta que quando a “ilha flutuante” chegar à Austrália será coberta por uma grande variedade de algas, corais, caranguejos, caracóis e vermes.
Estima-se que a massa chegue à Austrália dentro de 7 a 12 meses.