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Ciência

Cientistas descobriram finalmente para que servem as sobrancelhas

Redação
Last updated: 12 Abril, 2018 18:44
Redação
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Uma nova investigação, que contou com a participação do português Ricardo Miguel Godinho, descobriu que as sobrancelhas podem ter desempenhado um papel fundamental na sobrevivência da espécie humana. O investigador conta ao ZAP as principais conclusões deste estudo.

Contents
  • Uma “vantagem evolutiva”
  • Análise com software de engenharia 3D

Ao longo de anos, antropologistas têm investigado a evolução e a função das sobrancelhas, intrigados pelo facto de as arcadas supraciliares – a zona da testa onde se situam – dos nossos antepassados serem particularmente proeminentes, em comparação com a aparência dos humanos modernos.

Essa distinção e a forma como evoluiu e o porquê parece, finalmente, ter encontrado uma explicação, graças a uma investigação levada a cabo na Universidade de York, no Reino Unido, que contou com a participação de Ricardo Miguel Godinho, investigador do Centro Interdisciplinar de Arqueologia e Evolução do Comportamento Humano da Universidade do Algarve.

O estudo co-financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, no âmbito do doutoramento do investigador português no Hull York Medical School, concluiu que as sobrancelhas têm, essencialmente, um papel social, explica-se no artigo científico publicado no Nature Ecology & Evolution.

Ricardo Miguel Godinho / Imagem cedida

O investigador português Ricardo Miguel Godinho

Em declarações ao ZAP, Ricardo Miguel Godinho explica que, nos nossos antepassados, “a forma da arcada supraciliar” mais proeminente seria usada para demonstrar “sinais de dominância”, um factor fundamental nas sociedades mais primitivas.

Com a evolução da espécie que levou, nomeadamente, à “forma mais vertical e arredondada da testa” no Homo sapiens, as sobrancelhas assumiram “um papel de destaque que pôde ser aproveitado para refinar a comunicação não verbal“, refere Ricardo Miguel Godinho.

O investigador repara que outros “primatas não humanos, como os chimpanzés”, usam este mesmo tipo de comunicação com as sobrancelhas, que também existia “noutras espécies humanas como os Neandertais, mas possivelmente não tão refinada porque as sobrancelhas não seriam tão visíveis, nem teriam tanto destaque como em nós”.

Uma “vantagem evolutiva”

Essas alterações faciais que acabaram por dar às sobrancelhas dos humanos modernos uma capacidade móvel, que permite esboçar muitas expressões e sentimentos diferentes, ocorreram num período de “importantes mudanças sociais”, quando grupos distantes começaram a colaborar, como nota a co-autora do estudo, Penny Spikins, professora da Universidade de York, ao The Conversation.

“Serem capazes de criar amizades distantes, provavelmente, ajudou os humanos primitivos a colonizarem novos ambientes”, refere a cientista, apontando que “o desenvolvimento de sobrancelhas móveis pode ter tido um papel fundamental nestas mudanças”.

Ricardo Miguel Godinho reforça esta ideia em declarações ao ZAP, notando que “o maior destaque que as sobrancelhas” adquiriram na comunicação não-verbal, “poderá ter favorecido a mais fácil formação de grupos mais complexos“, o que, “por sua vez, é muito vantajoso para o sucesso dos grupos de pessoas que são formados”.

Isto significa que os nossos antepassados contaram com uma “vantagem evolutiva” por terem sobrancelhas que lhes permitiam expressar emoções mais complexas, bem como identificar sinais de confiança e desapontamento nos outros. Deste modo, conseguiram estabelecer relações de cooperação mais eficazes que contribuíram para a sua sobrevivência.

“Os humanos modernos são os últimos hominídeos sobreviventes. Enquanto a nossa espécie irmã, os Neandertais, estava a morrer, nós rapidamente colonizamos o globo e sobrevivemos em ambientes extremos”, atesta Spikins, citada pelo Science Daily, frisando que “isto teve muito a ver com a nossa capacidade de criar grandes redes sociais”.

Análise com software de engenharia 3D

A investigação baseou-se num software de engenharia 3D, que permitiu criar um modelo digital de um crânio fóssil de um Homo heidelbergensis, que terá entre 125 mil a 300 mil anos, para poder estudar as diversas teorias existentes sobre as funções das sobrancelhas.

Ricardo Miguel Godinho, que conduziu este processo de análise, explica ao ZAP que começou por usar “uma tomografia axial computorizada (TAC) do crânio fóssil”, designado Kabwe 1, que integra a colecção do Museu de História Natural de Londres.

Assim, o investigador português conseguiu “fazer a reconstrução com programas usados em imagiologia e visualização 3D“, para depois usar “programas de modelação 3D para reduzir a arcada supraciliar original e criar versões com a arcada mais pequena”.

Paul O’Higgins / University of York

Modelo do crânio usado na investigação

Este modelo digital permitiu, nomeadamente, testar a teoria de que as sobrancelhas contribuem para a mecânica do movimento das mandíbulas, durante a mastigação.

Através de “uma técnica chamada Análise de Elementos Finitos“, o investigador conseguiu “simular a mastigação”. Depois, recorreu a “uma técnica chamada morfometria geométrica para ajudar a analisar os resultados das simulações mecânicas”. Foi desta forma que concluíram que as sobrancelhas têm essencialmente uma função social.

Ricardo Miguel Godinho explica ainda que falta uma mandíbula ao crânio do Homo heidelbergensis que foi usado como modelo. Em alternativa, foi usada uma mandíbula de Neandertal para o completar. Uma modificação que, segundo uma análise do paleontólogo espanhol Markus Bastir, que acompanha a investigação publicada na Nature Ecology & Evolution, pode ter condicionado os resultados finais apurados.

“O que fizemos para ultrapassar o problema foi analisar qual o impacto de nos enganarmos na direcção em que os músculos puxam”, explica o investigador português, concluindo que “o impacto é de 5% e por isso, não é importante”.

SV, ZAP //

Fonte: ZAP

TAGGED:AntropologiaArqueologiaCiência & SaúdeDestaque
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