A Aliança Viva Cinfães anunciou a docente Isabel Casarões como líder da lista à Junta de Freguesia de Cinfães, após o Tribunal Judicial da Comarca de Cinfães ter decretado a inelegibilidade do concorrente José Botelho, em razão de um processo de falência pessoal. Num pronunciamento, a aliança relembra que a ação judicial foi apresentada pelo Partido Socialista por meio do seu representante legal, que “alegou a inelegibilidade do concorrente José Botelho” e solicitou a exclusão de toda a candidatura. “O Partido Socialista tentou nos bastidores o que já percebeu ser mais difícil nas urnas”, declara a coligação, acusando os socialistas de pretender “não apenas afastar um concorrente, mas atingir a legitimidade democrática desta chapa”.
A decisão do tribunal acabou por determinar a troca de José Botelho, sem anular a lista integral. Apesar de discordar da sentença, a aliança optou por não apresentar recurso, alegando “respeito ao sistema judiciário” e “sobretudo em nome dos interesses maiores da freguesia e da solução política que pretendemos oferecer”.
No mesmo comunicado, a Aliança Viva Cinfães ressalta a contribuição de José Botelho na elaboração da chapa e descreve-o como “um modelo de dedicação, de integridade e, acima de tudo, de profundo apreço por Cinfães”. A troca foi, segundo a aliança, decidida conjuntamente com o próprio, que expressou o seu acordo e continuará a apoiar a candidatura “de forma firme e convicta”.
“A sua designação, sustentada pela experiência e pela reputação, fortalece a coesão da equipa e assegura a continuidade de uma proposta sólida, responsável e comprometida com o futuro da nossa região”, acrescenta ainda o comunicado sobre Isabel Casarões, que agora encabeça a chapa.
Perante esta decisão, o Partido Socialista de Cinfães reagiu com duras críticas, classificando a conduta da coligação como “pura irresponsabilidade e incapacidade”. Num comunicado, o PS destaca que “o concorrente e a aliança sabiam que a falência é um impedimento legal de candidatura, portanto motivo de inelegibilidade, e sabiam que o postulante estaria nessa condição”.
Os socialistas acusam a coligação e o seu representante de tentarem “contornar a legislação — ‘pode ser que passe’ — apresentaram a candidatura agora rejeitada”. E acrescentam: “Como é possível que um candidato que aspira a ser presidente e uma aliança que pretende assumir o comando tente desrespeitar as normas em vigor? E como é possível que, com tanto descaramento, ao invés de reconhecer a falha, a irresponsabilidade e a ineficiência, venham agora, em comunicado, com lamentações e justificações, ‘tentando empurrar a culpa para terceiros’”.
O PS considera que a coligação procura descredibilizar decisões judiciais e não assume as suas obrigações: “Não sabem o que estão a fazer? Não querem cumprir nem que se cumpra a lei? Querem desacreditar decisões judiciais?”.
No texto, os socialistas afirmam lamentar “a situação individual do cidadão em questão”, mas rejeitam que “a incompetência da aliança e do seu dirigente possa ser justificada com argumentos externos”.
O PS encerra a nota enfatizando que seguirá para a campanha eleitoral “com humildade e consideração por todos, sem exceção”.


