Interrogado pelos jornalistas sobre as razões subjacentes ao facto de ter anunciado um novo reforço de 2,2 milhões de euros, este ano, no financiamento do programa de apoio às artes, atingindo agora 19,2 milhões de euros, o primeiro-ministro começou por defender que o seu Governo tem vindo a fazer “um esforço significativo de recuperação dos níveis de investimento da cultura”.
“Há este reforço para assegurar que algumas entidades que tinham apoio no passado – e que agora não teriam continuidade de apoio – não o percam nesta fase de avaliação do novo modelo, até este novo modelo ser consolidado. Obviamente, isto significa que entidades que anteriormente não tinham apoio, mas que na avaliação do júri ficaram melhor classificadas do que estas, não podem também deixar de ser apoiadas, sob pena de se cometer uma enorme injustiça”, advertiu o líder do executivo.
António Costa falava aos jornalistas na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, após ter discursado na sessão de abertura de uma conferência internacional sobre “Educação Superior em situações de emergência”.
Na perspetiva do primeiro-ministro, com o novo reforço financeiro do programa de apoio às artes por si anunciado através de uma carta aberta dirigida aos agentes do setor cultural – a qual foi divulgada em primeira mão pela agência Lusa -, passa a existir “um quadro que permite estabilizar e consolidar o concurso”, bem como “criar o espaço de serenidade necessário para fazer uma avaliação do novo modelo”.
Tal como já tinha escrito na carta aberta que esta manhã foi divulgada, António Costa reiterou a abertura do Governo para a introdução de aperfeiçoamentos no novo modelo de apoio às artes.
Lusa
Fonte: SIC