Mário Cruz / Lusa
O secretário-geral do PS, António Costa
O assessor económico de António Costa que foi constituído arguido na sequência da investigação às viagens pagas pela Galp para assitir a jogos do Euro2016, em França, continua a trabalhar com o primeiro Ministro.
O economista Vitor Escária, assessor económico do primeiro-ministro que se demitiu imediatamente antes de ser constituído arguido no caso das viagens ao Euro2016 pagas pela Galp, continua a colaborar com o governo de António Costa, revela o Observador.
Na passada terça-feira, à chegada para uma reunião com o Bloco de Esquerda no seu gabinete, o primeiro-ministro vinha acompanhado do seu ex-conselheiro económico. O economista entrou com António Costa no edifício do Terreiro do Paço onde está provisoriamente instalado o gabinete do primeiro-ministro.
O economista tem estado a acompanhar o processo de negociação do Quadro Financeiro Plurianual da União Europeia e a preparação do próximo quadro comunitário, através da Agência de Desenvolvimento e Coesão, instituto público criado em 2013 para coordenar a “política estrutural e de desenvolvimento regional cofinanciada pelos fundos europeus”.
Licenciado em Economia pelo ISEG e doutorado pela University of York, no Reino Unido, Vitor Escária é actualmente sócio da Augusto Mateus & Associados. Em julho de 2017 demitiu-se do gabinete de Costa e, logo a seguir, foi constituído arguido no caso das viagens pagas pela Galp a membros do Govern.
Vitor Escária exercia funções de assessor económico no Gabinete do Primeiro-Ministro.
O caso surgiu após ter sido noticiado, em agosto do ano passado, que a Galp tinha pago viagens ao Euro 2016 a diversos responsáveis políticos, entre os quais vários secretários de estado, que terão viajado para França a convite da Galp para assistir a encontros da selecção portuguesa no Europeu, que viria a vencer a competição.
Confrontado com a entrada de Vítor Escária com António Costa para a reunião com o BE no edifício do Terreiro do Paço, o gabinete do primeiro-ministro garantiu que o economista “não está a trabalhar no gabinete” de Costa e “não participou na reunião do Orçamento do Estado com Catarina Martins”.
“Tratou-de de uma boleia, estavam juntos no mesmo sítio. Foi isso apenas, uma boleia”, garantiu ao Observador a fonte do gabinete do primeiro-ministro.
Fonte: ZAP