O ArrábidaShopping, em Vila Nova de Gaia, vai fechar nove das suas 20 salas de cinema devido à “falta de viabilidade econômica”, segundo a Inspeção-Geral das Atividades Culturais (IGAC). Em 2024, o maior complexo de cinemas do país registrou apenas 460.533 espectadores, com uma média de 19 pessoas por sessão, bem abaixo dos 830.656 de 2019 e do milhão de 2011. Nos distritos de Beja, Bragança e Portalegre, a situação é ainda mais crítica: não há exibição comercial regular, e a oferta depende de espaços municipais com programações limitadas.
A concorrência com o “sofá de casa” e o streaming é apontada como um grande desafio. Mas será que a solução é tão complicada? Simples: experimentem baixar o preço dos ingressos e da pipoca. Tornar o cinema mais acessível pode atrair mais público e revitalizar as salas, especialmente em tempos em que o custo de vida pesa no bolso. Programações diversificadas e estratégias criativas, como as do Cinema Trindade no Porto, também mostram que é possível reconquistar espectadores com curadoria e envolvimento comunitário.
Fonte: ECO