Miguel A. Lopes / Lusa
O ministro das Finanças, Mário Centeno
Dos 110.757 funcionários do Estado que trabalham em empresas públicas, cerca de 66 mil foram abrangidos até ao final de junho pelo descongelamento das progressões e das promoções, de acordo com dados recolhidos pela Inspeção-Geral de Finanças.
Os dados, solicitados pelo jornal Público à Inspeção-Geral de Finanças, demonstram que estes 66 mil trabalhadores – que representam mais de metade da totalidade dos trabalhadores do Estado (60%) – tiveram aumentos nos seus salários mensais.
O descongelamento das carreiras iniciou-se a 1 de janeiro de 2018, mas o efeito nas remunerações dos trabalhadores vai fazer-se de forma faseada e em quatro momentos diferentes: metade em 2018, em janeiro e em setembro, e a outra metade em 2019, em maio e em dezembro.
De acordo com o diário, se se tiver em conta todo o universo dos funcionários públicos, 344 mil já tiveram valorizações salariais por causa do descongelamento que foi concretizado no início do ano.
Segundo o governo, cerca 80% dos funcionários públicos terão direito a progredir este ano, o que corresponderá a 480 mil trabalhadores. Mário Centeno, em entrevista ao matutino, disse que este é um objetivo “possível”, reconhecendo, no entanto, a dificuldade do processo.
“Ficarei satisfeito se conseguirmos, no período de tempo durante o qual decorre o descongelamento, que todas as situações sejam clarificadas e identificadas e que os trabalhadores recebam os retroativos a que têm direito”, sustentou, sem comprometer quais quer números.
Fonte: ZAP