O Banco Central Europeu (BCE) mudou as regras do jogo e não terá limites na dívida emitida por cada país da Zona Euro. É o instrumento mias poderoso desenhado pelo antigo presidente, Mario Draghi.
Na semana passada, o Banco Central Europeu (BCE) aprovou compras de ativos no valor de 750 mil milhões de euros para tentar conter as graves consequências económicas da Covid-19. Desse valor, foi noticiado que Portugal poderia receber cerca de 17,6 mil milhões de euros.
No anterior programa de compra de dívida, o BCE estava limitado a adquirir 33% do valor total da dívida de cada país, o que limitava o alcance da medida.
Mas, agora, à última hora, Christine Lagarde mudou as regras e veio revelar que, agora, não há limites. De acordo com o jornal ECO, o BCE está disponível para comprar todos os títulos que os países venham a emitir de forma a obterem os fundos necessários para ajudar a economia numa altura em que vários países do euro estão parados, com milhões de cidadãos em isolamento profilático como forma de travar a propagação do vírus.
Este é, de acordo com o Jornal de Negócios, o programa mais potente de compra de dívida soberana criado por Mario Draghi, em 2012, numa decisão histórica que visa eliminar quaisquer limites impostos para a compra de dívida soberana dos países da região.
Este programa foi desenhado após Draghi ter prometido fazer “o que fosse necessário” para salvar a moeda única durante a crise da dívida soberana. Este instrumento permite ao BCE comprar quantidades quase ilimitadas de dívida soberana dos países da Zona Euro.
Assim, o limite dos 750 mil milhões de euros impostos pelo banco central na semana passada vai ser destruído, passando a não haver qualquer limite.
“O BCE não vai tolerar riscos à transmissão suave da sua política monetária em todas as jurisdições da área do euro”, de acordo com o documento divulgado nesta quinta-feira.
Este novo programa de emergência vai estar em vigor até ao final de 2020.
Fonte: ZAP