O sindicato da PSP que divulgou fotografias dos assaltantes que fugiram do tribunal do Porto partilhou, nas redes sociais, uma fotografia de um agente agredido. “Espera-se reação do senhor ministro.”
O Sindicato Unificado da Polícia de Segurança Pública, o mesmo sindicato que partilhou imagens da detenção de três homens que fugiram do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, voltou às redes sociais, desta vez para partilhar duas fotografias de um polícia agredido.
Na publicação, o sindicato pede uma reação ao “senhor ministro”, referindo-se, muito provavelmente, ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.
Nas imagens, o agente agredido surge fardado à esquerda e numa maca de hospital à direita. “Para os defensores dos direitos, liberdades e garantias, isto é apenas o risco da profissão. Sabem qual o único dado inalienável da Constituição? Espera-se uma reação do senhor ministro, já sabemos que ser polícia é ser cidadão de terceira“, lê-se.
Durante o fim de semana, Eduardo Cabrita considerou a divulgação das imagens dos três detidos “absolutamente inaceitáveis“, e que “as imagens como as que circularam não são admissíveis”. o ministro pediu ainda à Inspeção-Geral da Administração Interna que abrisse um inquérito quer à fuga dos assaltantes do tribunal do Porto, quer à divulgação das imagens no Facebook.
Ao Observador, Peixoto Rodrigues, presidente do Sindicato Unificado da PSP, afirmou que a mensagem não é uma resposta às críticas de Cabrita. “Cada vez que um polícia é agredido nós publicamos. Não tem nada a ver com aquelas imagens que surgiram, com aquela fotografia dos suspeitos que foram detidos no Porto”, afirmou o sindicalista.
“A nossa intenção é sempre demonstrar ao público em geral e ao poder político em particular as condições em que os polícias trabalham. Os polícias são alvos de agressões diárias, umas mais graves do que as outras, e esta teve alguma gravidade”, explicou.
Fonte: ZAP