António Cotrim / Lusa
Mais de 20 funcionários do INEM são suspeitos de terem recorrido a cartões frota, destinados ao abastecimento das ambulâncias, para atestaram as suas próprias viaturas.
Um grupo de mais de 20 funcionários do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) é suspeito de recorrer a cartões de frota, usados para abastecer os meios de socorro, para atestar as suas viaturas pessoais. O caso aconteceu há poucos dias, mas surge após terem sido detetadas outras situações semelhantes este ano.
O Expresso avança que são 24 os funcionários suspeitos, na sua maioria técnicos de emergência pré-hospitalar, ou seja, tripulantes de ambulâncias. Além do processo disciplinar, os visados incorrem também numa infração criminal.
Mas a utilização indevida de cartões de abastecimento de combustível dos meios do INEM não é nova – este ano foram detetados outros casos e reforçadas as instruções de segurança. A direção do INEM refere que “tem vindo a desenvolver um conjunto de medidas e de mecanismos de reforço do controlo nesta área que permitiram identificar e verificar potenciais irregularidades”.
No final de maio, por exemplo, foram publicadas regras suplementares par assegurar que cada ambulância tem um cartão único; que os condutores são devidamente identificados e que os talões de abastecimento são guardados na viatura de emergência médica.
Segundo o semanário, desde 2015, pelo menos, tem vindo a ser identificada a necessidade de reforçar a segurança nas práticas de funcionamento do INEM. Numa auditoria à Logística e aos Sistemas de Informação, pedida pelo presidente demitido Paulo Campos, são apontadas algumas ineficiências graves.
A “ineficiência, e porventura ineficácia, no registo de dados de consumo de combustível por viatura” são apontadas no capítulo do combustível do relatório. Para corrigir este ponto, foi sugerido o registo online da quilometragem, automatismos na conexão dos centros de custos com os abastecimentos e mecanismos de cálculo de consumo médio de combustível por viatura.
Fonte: ZAP