Hoje é o primeiro dia da greve dos TSDT e já sentem-se os efeitos deste levante no SNS. Amanhã, 6 de dezembro, os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica concentram-se em frente ao Hospital de Santo António, no Porto, entre as 11h00 e as 14h00, a mostrar indignação, mesmo perante afirmações da Ministra da Saúde de que será aplicado aos TSDT o mesmo que aos outros grupos de profissionais da saúde.
Luís Dupont, Presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas do Diagnóstico e Terapêutica, lamenta perante tal afirmações, uma vez que não se verifica essa posição oficial da Ministra perante as estruturas sindicais:“As propostas que nos foram apresentadas mantêm as desigualdades, e até agravam as possibilidades de desenvolvimento profissional e salarial face à carreira antiga. Esperamos que a Ministra da Saúde cumpra com o afirmado hoje à comunicação social e nos apresente em nome do Governo propostas serias na próxima reunião negocial, dia 10/12, no que diz respeito a transições e grelha salarial que contemplem ressaltos salariais que sejam iguais a outras carreiras da administração pública no sector da saúde, com igual nível de exigência habilitacional e profissional”, afirma Dupont.
SERVIÇOS PARALISADOS NO SNS COM ADESÃO SUPERIOR A 85%
Muitos serviços a paralisarem a 100%, em diversas instituições, e níveis de adesão superiores a 85%, na média nacional, marcaram o primeiro dia de uma greve que irá decorrer em dias intercalados até ao final do ano (5, 6, 11, 12, 14, 18, 19, 21, 26, 27, 28 e 31 de dezembro). “Mais uma grande greve dos TSDT que está a provocar muitas dores de cabeça e preocupações as Administrações. Os TSDT não vão ficar de braços cruzados e não vão deixar de lutar pela defesa da revisão e regulamentação da sua carreira. Tudo isto para que seja reposta a igualdade de tratamento com outras carreiras” reforça o Presidente do STSS.
O Presidente do STSS salienta,“só exigimos igualdade e equidade de tratamento na revisão e regulamentação das nossas carreiras. Chega de fazerem afirmações falsas, fazendo deste processo negocial uma vergonha Nacional. O Estado português não pode tratar-nos desta forma.”
Principais reivindicações dos TSDT:
- Contra intenção do Governo encerrar o processo negocial da revisão da carreira dos Técnicos Superiores das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT) sem acordo com as Associações Sindicais.
- Contra a tabela salarial imposta pelo Governo que, cruzada com o sistema de avaliação e as quotas por categoria, implica que cerca de 90% dos TSDTs permaneçam na base da carreira toda a sua vida profissional.
- O facto da expetativa de progressão salarial dos TSDT, ser inferior à da prevista na antiga carreira dos TSDT, por comparação com outras carreiras da Administração Pública, nomeadamente no Sector da Saúde.
Os TSDT e os Sindicatos Exigem que o Governo aceite as propostas dos Sindicatos de tabela salarial, que apenas refletem as regras legais, e paridade com outras carreiras de igual nível habilitacional e profissional, e a sua aplicação a 1 de janeiro de 2018, e concorde com regras de transição propostas pelos Sindicatos, que incluam a colocação de TSDT em todas as 3 novas categorias da carreira revista.