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Home Ciência

Médicos chineses estão a usar implantes cerebrais para tratar a dependência de drogas

14 de Maio de 2019
Reading Time: 5 mins read
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Médicos chineses estão a usar implantes cerebrais para tratar a dependência de drogas
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O paciente Yan, à esquerda, durante a cirurgia

Cientistas chineses estão a desenvolver o primeiro ensaio clínico que utiliza a estimulação cerebral profunda para tratar a toxicodependência. O procedimento requer a perfuração de dois orifícios no crânio e a colocação de eletródos no cérebro do paciente, que são estimulados através de um dispositivo portátil.

Segundo a ABC News, citada pela All That’s Interesting, esta nova tecnologia já foi usada para tratar distúrbios como a doença de Parkinson. No entanto, é a primeira vez na História que a estimulação cerebral profunda está a ser utilizada na esperança de extinguir o vício.

O primeiro ensaio foca a dependência em metanfetaminas e está a ser realizado no Hospital Ruijin, em Xangai (China). De acordo com o banco de dados dos Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (EUA), há apenas oito ensaios clínicos com estimulação cerebral profunda para dependência de drogas registados.

Seis dos oito ensaios são na China e, embora o país tenha um passado altamente desconcertante em relação à cirurgia cerebral em dependentes de drogas, tornou-se, de facto, o centro do mundo para pesquisas com estimulação cerebral profunda.

O primeiro paciente submetido a este ensaio clínico, conhecido apenas como Yan, é viciado em metanfetamina. A consumir desde o nascimento do seu filho, em 2011, perdeu 150 mil dólares (cerca de 133 mil euros) em apostas enquanto estava sob o efeito da substância. Depois do divórcio, das raras visitas ao filho e de períodos de reabilitação mal-sucedidos, concordou em participar no ensaio.

“A minha força de vontade é fraca”, disse Yan, num relato sobre a sua luta contra o vício. Estava, portanto, aberto à operação que exigia que o médico Li Dianyou perfurasse o seu crânio e implantasse dois pequenos eletródos numa área próxima ao cérebro anterior, vinculada cientificamente ao vício. Poucas horas depois, foi novamente anestesiado para colocar uma bateria no peito.

O procedimento tem riscos. Os pacientes podem sofrer hemorragias cerebrais, acordar com convulsões, desenvolver infeções ou deixar o hospital com uma personalidade inteiramente nova, referiu o artigo.

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O paciente Yan depois da cirurgia

Yan, porém, contou que sentiu uma onda de entusiasmo quando a bateria colocou o seu novo cérebro-eletródo em marcha. Como se isso não fosse literal o suficiente para ser inacreditável, Li Dianyou testou o novo cérebro de Yan usando um ‘tablet’ para modificar remotamente a máquina e, portanto, as emoções na sua cabeça.

O médico tinha o poder de fazer o paciente se sentir agitado ou alegre com uma simples tela sensível ao toque. “Esta máquina é mágica”, disse Yan. “Ela ajusta-se para te deixar feliz e ficas feliz, ajusta-se para te deixar nervoso e ficas nervoso”, acrescentou. Há seis meses que não consome drogas.

Ao contrário do que aconteceu na China, a comunidade científica da Europa teve dificuldades em encontrar pacientes para este ensaio. Nos EUA, preocupações éticas e científicas dificultaram a aceitação social quanto ao procedimento.

No entanto, de acordo com o artigo, uma solução para esses obstáculos pode ter surgido sob a forma de epidemia de opiáceos que está a ocorrer no país. Nos últimos anos, a aversão aos riscos apresentados pela estimulação cerebral profunda diminuiu, em comparação com os potenciais benefícios.

Em fevereiro, a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) concedeu a um ensaio clínico oficial em West Virginia a permissão para experimentar o procedimento, tendo como foco pessoas viciadas em opióides.

Atualmente, a implantação de dispositivos de estimulação cerebral profunda nos EUA pode custar até 100 mil dólares (89 mil euros) e a comunidade científica está em estágios iniciais de avaliação da eficácia dessa técnica. Na China, no entanto, essa nova abordagem para erradicar a dependência de drogas está a aumentar.

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O médico Sun Bomin, do Ruijin Hospital, quer expandir o tratamento com estimulação cerebral profunda para pacientes com síndrome de Tourette, depressão e anorexia

As rígidas leis anti-drogas da China forçaram inúmeros dependentes a receber tratamento obrigatório – incluindo a “reabilitação” por meio de trabalho físico -, que pode durar anos. Uma das razões pela quais a população chinesa pode estar tão ansiosa para aceitar a estimulação cerebral profunda é que a alternativa anterior era a lesão cerebral.

No passado – e, infelizmente, até hoje – as famílias de dependentes em heroína na China gastaram milhares de dólares em lesões cerebrais. Esse procedimento primitivo, não comprovado e arriscado, leva os médicos a destruir pequenos aglomerados em torno do tecido cerebral do paciente, esperando pelo melhor.

Embora se tenha tornado num elemento lucrativo em vários hospitais do país, esse procedimento deixava os pacientes com transtornos de humor severos e com as memórias a desaparecer, voltando a ter impulsos sexuais erradicados. Em comparação, a estimulação cerebral profunda não mata as células cerebrais e é teoricamente reversível.

O diretor de neurocirurgia funcional do Ruijin Hospital, Sun Bomin, está convencido de que essa abordagem invulgar ajuda realmente os pacientes. Neste momento, está focado em expandir o tratamento para síndrome de Tourette, depressão e anorexia.

“Enquanto médicos, precisamos sempre pensar nos pacientes”, disse. “São seres humanos”.

Como os cientistas ainda não estão totalmente informados sobre como funciona a estimulação cerebral profunda, a sua introdução ao mundo gerou duras críticas, com alguns a pedir a sua proibição. O estado atual da técnica é prematuro e não corrigirá as diversas razões sociais, psicológicas e biológicas associadas ao vício.

Embora seja incerto se o resultado obtido com Yan possa ser facilmente replicado numa escala maior, o ensaio clínico aprovado pela FDA em West Virginia está previsto começar em junho deste ano.

TP, ZAP //

Tags: ChinaCiência & SaúdeDestaqueDrogasEUAEuropaInvestigaçãomedicinaMundo
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