Segundo revela esta terça-feira o Diário de Notícias, casas do Instituto de Ação Social das Forças Armadas (IASFA) alugadas a militares têm sido usadas como alojamento local para turistas estrangeiros.
Na sua edição desta terça-feira, o Diário de Notícias avança que casas do Instituto de Ação Social das Forças Armadas (IASFA) alugadas a militares, em Lisboa, têm sido usadas como alojamento local para turistas estrangeiros.
Um dirigente do IASFA afirmou que “já chegou ao nosso conhecimento e é preocupante, até porque tem a ver com o património da Ação Social Complementar”. Além disso, a preocupação inerente prende-se também com o momento gravidade que o IASFA vive neste momento. O diigente preferiu o anonimato por não estar autorizado a falar sobre o caso.
Confrontado, o Ministério da defesa desconhece a situação. Fonte oficial do gabinete de Azeredo Lopes disse ao Diário de Notícias que não é o ministério, mas sim o IASFA que tem de responder sobre esta matéria.
Segundo conta o matutino, um dos casos foi alvo de uma queixa escrita ao IASFA por três moradores do prédio (dois sargentos e um cabo) em maio do ano passado. O apartamento do terceiro andar, na zona da Boa Hora, “passou a ser habitado desde o início” deste ano, com os restantes inquilinos a assistirem “à entrada e saída contínuas de pessoas de diversas nacionalidades a qualquer hora do dia ou da noite”.
Os autores da queixa desconhecem a quem é que o IASFA arrendou o apartamento da Rua Aliança Operária. Ainda assim, não deixaram de comunicar a situação ao instituto que também tem registado a presença de trabalhadores de limpeza naquele local após a saída dos ocupantes.
Além disso, as preocupações dos inquilinos prendem-se também com questões de segurança. De acordo com a queixa, a segurança dos moradores e das suas casas está comprometida, isto porque a chave da porta de entrada foi distribuída “várias vezes a pessoas completamente alheias” ao edifício.
De acordo com o jornal, a situação financeira do IASFA é problemática há vários anos. Aliás, o buraco de dezenas de milhões de euros já originou várias auditorias, tanto do Ministério da Defesa como também do Ministério das Finanças.
Um dos principais objetivos da tutela tem sido apurar, ao certo, qual o património habitacional efetivo do IASFA. Fontes ouvidas pelo DN admitem a existência de mais situações de subaluguer de habitações à revelia do instituto.
Disponibilizar casas com “rendas económicas” aos militares das Forças Armadas é um dos instrumentos de apoio social do IASFA aos associados.
Fonte: ZAP