As forças israelitas lançaram este sábado um ataque contra alvos iranianos na Síria e contra o sistema de defesa antiaéreo sírio, depois de um caça israelita ter sido abatido durante a manhã.
O exército israelita anunciou este sábado um “ataque em larga escala” na Síria. “Doze alvos, incluindo três baterias de defesa aérea e quatro alvos iranianos que fazem parte do estabelecimento militar do Irão na Síria, foram atacados”, declarou o exército em comunicado.
As baterias antimísseis dispararam contra a aviação israelita durante o ataque, levando à ativação dos alarme antiaéreos nos ocupados Montes Golan, a norte de Israel, pela segunda vez este sábado.
Um caça F-16 israelita foi derrubado pela Síria quando seguia para um raide para atingir um local onde teria saído um drone iraniano que entrou em Israel e que foi intercetado pelo exército israelita.
De acordo com o Público, este é um dos mais graves incidentes entre Israel, o Hezbollah (grupo xiita libanês que combate ao lado do regime de Bashar al-Assad em Damasco) e a Síria desde o início da guerra civil, há quase oito anos, e faz com que muitos temam que seja um sinal da possibilidade de um confronto direto entre Israel e o Hezbollah, apoiado pelo Irão.
O avião caiu em território israelita e os pilotos foram transportados para um centro de saúde, tendo um ficado gravemente ferido. “O Exército vê os ataques iranianos e a resposta síria como uma violação grave e irregular da soberania israelita“, advertiu um porta-voz militar pouco depois do incidente.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, manifestou a sua preocupação com o aumento das forças pró-iranianas na Síria que combatem em conjunto com o Presidente sírio, Bashar Al Asad, assegurando que não irá permitir que se posicionem perto da linha divisória.
Israel afirmou, depois dos ataques deste sábado, que “está preparado para todos os cenários” e que “continuará a atacar quando for necessário”.