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Home Ciência

No Zimbabué, a cura para a depressão são os avós

19 de Outubro de 2018
Reading Time: 3 mins read
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No Zimbabué, a cura para a depressão são os avós
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Nathaniel Tetteh / unsplash

No Zimbabué, a depressão é chamada “kufungisisa”, que significa “pensar demais”. Na tentativa de combater o reduzido número de psiquiatras e psicólogos nesta região, foi criado um programa da saúde mental inovador: o Friendship Bench.

O número de casos de depressão no Zimbabué são justificados por eventos traumáticos ocorridos no país, como a Guerra Civil da Rodésia e o Gukurahundi – uma série de massacres de civis durante quatro anos.

Em 2005, durante uma campanha do governo que tinha como objetivo limpar as favelas do país, foram desalojadas mais de 700 mil pessoas. Foi neste altura que Dixon Chibanda, um dos doze psiquiatras que atuam no Zimbabué, percebeu a dimensão do problema.

Para tentar resolver o problema, e devido à escassez de profissionais competentes, o especialista criou, em 2006, o programa Friendship Bench, distribuído gratuitamente por 70 comunidades da região, que treinou mais de 400 avós em psicoterapia.

Inicialmente, o psiquiatra não acreditou na eficácia do projeto, mas começou a treinar os avós utilizando a terminologia do Ocidente, com palavras como “depressão” e “suicídio”. Rapidamente se apercebeu de que não ia funcionar. Para chegar aos doentes, os avós precisavam de usar a sua própria linguagem, para que as comunidades sentissem empatia com os avós.

Assim, o treino foi feito em conjuntos: em linguagem xona, desenvolvendo as ideias de fortalecimento de espírito e abertura da mente. “Acho que foi um dos motivos pelo qual foi tão bem sucedida”, contou Dixon Chibanda, citado pela Visão. “Conseguiu reunir essas diferentes peças, usando o conhecimento e a sabedoria das comunidades”.

A relação entre os avós e os doentes

Os avós acompanham quase diariamente vários tipos de pacientes, desde toxicodependentes a seropositivos no limiar da pobreza, passando ainda por idosos em solidão e mulheres grávidas e solteiras.

6 meses mais tarde, explica a BBC, o grupo que tinha recebido o acompanhamento dos avós mostrava menos sintomas de depressão em relação a um grupo submetido a um tratamento convencional.

Ao contrário do que se pensava, apesar de os avós terem passado pelos mesmos traumas sociais, os especialistas descobriram que têm taxas muitos baixas de transtornos relacionadas com stress pós-traumático. Além disso, o facto de lidarem com pessoas com problemas de saúde mental não os torna mais frágeis e propensos aos mesmos.

“O que parece estar a acontecer é esse conceito de altruísmo. As avós sentem que estão a tirar proveito de alguma coisa que realmente faz a diferença na vida dos outros”, explicou o médico.

Programa reconhecido e expandido para outros países

Em 2009, o programa já era reconhecido e realizado em várias clínicas, escolas e estabelecimentos policiais e, em 2016, o especialista publicou os resultados de um ensaio clínico com 600 pessoas que testou a eficácia do programa na revista científica Journal of American Medical Association.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo têm depressão, que, por sua vez, leva a 800 mil suicídios por ano, a maioria deles em países em desenvolvimento.

Tags: AvósCiência & SaúdeDepressãoFamíliaMundosaúdeZimbabué
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