Em comunicado, o presidente do Infarmed, Rui Ivo, referiu que as máscaras sociais, que começaram a ser produzidas pela indústria têxtil nacional conforme especificações definidas, podem ser de algodão ou poliéster.
Rui Ivo falava na conferência de imprensa diária sobre a pandemia de covid-19, realizada no Ministério da Saúde, a propósito de uma norma para a indústria passar a fabricar máscaras não cirúrgicas para uso generalizado da população em espaços fechados, como supermercados, farmácias ou transportes públicos. Entre os materiais autorizados pela norma para a fabricação das chamadas máscaras sociais está o algodão, o poliéster ou a combinação dos dois, podendo muitas das máscaras ser reutilizadas após lavagem.
“A partir destas especificações estamos em condições de dizer que as máscaras produzidas e que vão ser vendidas terão as condições de proteção asseguradas. Estamos a falar de um terceiro tipo de equipamento de proteção que, com apoio da indústria nacional, podemos utilizar convenientemente e que serão vendidas com essas mesmas indicações escritas”, afirmou Rui Ivo.
Uso de máscaras será generalizado à população
A ministra da Saúde disse, na conferência de imprensa de segunda-feira, que o uso máscaras não cirúrgicas ou sociais será generalizado à população em espaços fechados como farmácias, mas só quando o país regressar à normalidade e não no estado de emergência/confinamento.
“Num contexto, que não é aquele que nos situamos hoje, porque estamos no estado de emergência, que apela ao confinamento e à restrição das atividades essenciais, mas em que as pessoas se possam situar em espaços fechados, poderá ser considerada a utilização da dita máscara social”, disse Marta Temido.
Uma orientação da Direção-geral da Saúde refere “o uso de máscaras por todas as pessoas que permaneçam em espaços interiores fechados com múltiplas pessoas, como medida de proteção adicional ao distanciamento social, à higiene das mãos e à etiqueta respiratória”.
Quando será recomendado o uso generalizado?
Questionado sobre a partir de quando será recomendado o uso generalizado de máscaras comunitários pela população em geral em espaços fechados, o secretário de Estado da Saúde, Lacerda Sales, remeteu para a reavaliação do estado de emergência, que será feito na quarta-feira.
Portugal regista hoje 567 mortos associados à covid-19, mais 32 do que na segunda-feira, e 17.448 infetados (mais 514), indica o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).