No dia 24 deste mês a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, informou durante visita ao concelho de Arouca, que as empreitadas de recuperação e construção das casas que foram danificadas pelos incêndios de 2017 em Castelo de Paiva estão quase a ser concluídas.
“Dissemos que no final do ano as famílias passariam o Natal nas suas casas e vamos tentar manter essa promessa”, declarou a ministra, embora tenha admitido que com a pandemia de covid-19 tenham havido constrangimentos “no fornecimento de alguns materiais [de construção]” e atrasado o que considerou, já por si, um processo algo moroso em termos burocráticos.
Contudo, conforme sublinhado pela ministra, algumas das famílias de Castelo de Paiva desalojadas já poderão retomar as suas habitações originais “nos próximos 15 dias”, uma vez que os trabalhos de restauro das casas nesse concelho estão “em franco andamento”. Logo, para meados do mês de julho já é esperado que estejam prontas as primeiras habitações.
Os incêndios de outubro de 2017 afetaram vários concelhos das regiões Centro de Norte, tendo o Governo lançado o Programa de Apoio à Recuperação de Habitação Permanente, para financiar a reconstrução das casas (primeiras habitações) que arderam.
Recorde-se que os fogos rurais provocaram a morte a 50 pessoas, fizeram 70 feridos e destruíram total ou parcialmente cerca de milhar e meio de casas e mais de 500 empresas. Atingiram mais de 220 mil hectares de território na região Centro, cerca de 190 mil hectares dos quais de floresta (quase 90% de pinheiro bravo e de eucalipto).