Mário Cruz / Lusa
O secretário-geral do PS, António Costa
António Costa defendeu com afinco as medidas do seu Governo no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, durante o debate do Estado da Nação, mas os números que o primeiro-ministro avançou não batem certo com a realidade.
O Diário de Notícias debruçou-se sobre alguns dos argumentos que António Costa apresentou no Parlamento, durante um debate do Estado da Nação que foi marcado pelas críticas de PSD e CDS ao Serviço Nacional de Saúde.
O primeiro-ministro defendeu o seu Governo, salientando que o SNS tem actualmente mais 7900 profissionais do que no início da legislatura.
Só que, uma vez que este Executivo está no poder apenas desde o final de Novembro de 2015, “só devem ser contabilizados os anos de 2016 e 2017 para chegar ao saldo de contratações feitas pelo governo socialista”, o que dá “seis mil profissionais de saúde”, como frisa o DN.
O jornal realça que Costa estará a ter em conta as 1600 pessoas que o Ministério da Saúde terá contratado este ano, mas, mesmo assim, o número fica-se pelos 7600 profissionais contratados.
O jornal refere vários outros números avançados pelo primeiro-ministro que não batem certo com os dados publicados pelos relatórios oficiais, nomeadamente no número de consultas realizadas e no número de Unidades de Saúde Familiares abertas, que ficam aquém das metas estabelecidas pelo Governo.
O Governo está ainda aquém da promessa de que, em 2017, todos os portugueses teriam direito a um médico de família, e António Costa referiu o assunto no Parlamento, salientando que actualmente apenas 7% da população não tem médico de família, .
Mas desta vez, sublinha o DN, Costa enganou-se por defeito, já que as estatísticas mostram que há cerca de 500 mil portugueses fora das listas. Ou seja, apenas 5%.
Fonte: ZAP