A implementação da conexão entre Águeda e Aveiro faz parte do Plano de Recuperação e Resiliência e poderá diminuir o tempo de deslocamento em mais de 60%.
O Executivo português aprovou esta semana, em reunião de Conselho de Ministros, uma resolução que marca um ponto decisivo para a mobilidade e progresso regional no interior do país. A nova ligação rodoviária entre as cidades de Aveiro e Águeda foi oficialmente reconhecida como um projeto de infraestrutura prioritário, integrando-se no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), especificamente no pacote de investimentos denominado “Conexões em falta e aumento da capacidade da malha rodoviária”.
A decisão foi acompanhada pela autorização para a realização de estudos e procedimentos necessários à implementação da nova estrada, ficando sob a responsabilidade da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), em colaboração com a Infraestruturas de Portugal (IP) e outras entidades competentes.
Uma estrada moderna para apoiar o eixo industrial Águeda–Aveiro
A nova via será construída com o perfil de autoestrada, com uma extensão aproximada de 14 quilómetros, ligando a área industrial a norte de Águeda, passando por Travassô e Eirol, até à rotunda do Parque de Feiras e Exposições de Aveiro.
De acordo com as informações fornecidas, a futura rodovia poderá resultar numa redução de 40% na distância percorrida atualmente entre as duas cidades e numa diminuição de até 65% no tempo de deslocamento, contribuindo significativamente para o aumento da competitividade das empresas locais, redução dos custos logísticos e melhoria da qualidade de vida da população.
Esta reivindicação tem sido um pedido constante das autarquias de Águeda e Aveiro, sendo considerada essencial para consolidar o eixo industrial e logístico que une ambas as cidades, atualmente limitado por acessos sobrecarregados e infraestruturas antigas.
Investimento de 80 milhões para a ligação Castelo de Paiva–A32
No mesmo documento, o Governo deu autorização à Infraestruturas de Portugal para assumir os encargos plurianuais necessários à execução da ligação entre Castelo de Paiva e o nó da A32, em Canedo (Santa Maria da Feira), um projeto com financiamento aprovado no valor de 80 milhões de euros.
A obra, há muito exigida pelas populações do Vale do Douro Sul e do Baixo Vouga, terá um financiamento distribuído por vários anos: mais de cinco milhões já em 2025, 12 milhões em 2026 e cerca de 30 milhões em cada um dos dois anos seguintes. O investimento está inserido numa rubrica mais ampla, que totaliza 447 milhões de euros, acrescidos de IVA, para diversos projetos de mobilidade rodoviária.