Marcelo Camargo / ABr
“Por que razão desce o preço do barril, mas não desce o preço do gasóleo?” A Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) exige respostas ao Governo.
Esta semana começa com descidas: tanto a gasolina como o gasóleo vão baixar cerca de cêntimo e meio, adianta o Jornal i. Contudo, apesar de ser a sexta semana consecutiva de descida dos preços, os valores praticados em Portugal continuam a ser alvo de polémica.
A Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) exige ao Governo que tome uma posição e que explique o motivo pelo qual a baixa do preço do barril de petróleo nunca tem correspondência no custo dos combustíveis.
“Por que razão desce o preço do barril, mas não desce o preço do gasóleo? Como pode esta situação continuar sistematicamente a acontecer? Que medidas tem a tutela em marcha para reverter a situação?”, questiona, em comunicado, a associação que quer ver estas três perguntas respondidas.
“Se olharmos para a descida do preço do barril de petróleo e para os valores do gasóleo, que continuam elevados, sem acompanhar percentualmente a referida descida, não encontramos justificação possível”, aponta a associação na nota emitida.
“Esta situação é visível no preço do barril que, a 15 de outubro, se situava nos 80,91 euros – rondando, nesta data, o preço médio do gasóleo os 1.404 euros/litro –, e que, um mês depois, a 14 de novembro, se encontra nos 65,58 euros – rondando o preço médio do gasóleo os 1.435 euros/litro. Apesar de estarmos perante uma descida superior a 15 euros, a realidade é que o preço do gasóleo pouco ou nada se alterou – neste caso vemos mesmo uma subida –, quando, na realidade, esta descida deveria de se refletir no preço final do litro de gasóleo”, detalha a Antram.
A associação considera que esta é uma realidade que prejudica o setor dos transportes, que se encontra atualmente numa “situação limite”. Desta forma, a Antram exige ao Governo que sejam aplicadas “medidas que permitam às empresas de transportes e ao setor enfrentar e combater este flagelo“.
Este não é, no entanto, um assunto novo. Em maio deste ano, Portugal tinha a quinta gasolina mais cara da Europa, sendo que mais de metade do preço praticado em território nacional resultava de impostos e taxas.
Fonte: ZAP