António Cotrim / Lusa
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos
O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, reuniu-se na segunda-feira com sete sindicatos da TAP com o objetivo de os ouvir sobre o processo de reestruturação.
De acordo com o Expresso, Pedro Nuno Santos e o conselho administração liderado por Miguel Frasquilho deixaram um aviso importante: a reestruturação vai obrigar a sacrifícios – e muitos. O plano de reestruturação deverá estar concluído no final de outubro ou princípio de novembro.
O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), disse em comunicado que “foi reiterado pelo senhor ministro e reforçado pelo senhor presidente do conselho de administração e também pelo futuro presidente da comissão executiva, Ramiro Sequeira, que a empresa se encontra numa difícil encruzilhada, e que a saída desta situação ia obrigar a muitos e pesados sacrifícios”, alertando para as dificuldades em que os trabalhadores de terra se encontram.
O SITAVA acrescenta ainda que “quanto a essa questão (dos trabalhadores), não escondemos que a situação que se vive em todo o grupo TAP desde o passado mês de abril é de grande sofrimento não só devido aos violentos cortes salariais que todos temos sofrido, mas também devido às muitas centenas de postos de trabalho já destruídos e mais aqueles que se projetam, por força da não renovação dos contratos a termo certo”.
A TAP não tem estado a renovar os contratos a prazo. Antes da pandemia, a transportadora aérea tinha cerca de 2000 trabalhadores nessa situação.
No encontro, o SITAVA defendeu que “mesmo com alguma redução de frota devia haver uma manutenção de todos os postos de trabalho do pessoal de terra”.
O sindicato avisou ainda que irá estar “particularmente vigilante no que diz respeito ao cumprimento da contratação coletiva”, que foi assinada pela TAP e por 14 sindicatos representativos dos seus trabalhadores em 1970.
O Conselho de Administração da TAP, liderado por Miguel Frasquilho, já tinha dito que a companhia “continua a colaborar com todos os agentes económicos, nomeadamente associações empresariais e entidades regionais de turismo, para viabilizar o maior número de oportunidades, adicionar e ajustar os planos de rota, por forma a procurar ter um serviço ainda melhor e mais próximo, a partir de todos os aeroportos nacionais onde a TAP opera”, revela o Expresso.
Fonte: ZAP