A Associação de Familiares das Vítimas da Tragédia de Entre-os-Rios (AFVTER) foi investigada, em 2004, pela Instituto de Segurança Social (ISS) mas os testemunhos ainda continuam a serem ouvidos no processo. Em causa estão alegadas irregularidades na contabilidade da IPSS de Castelo de Paiva.
A investigação levada a cabo pelo ISS decorreu no âmbito financeiro e no cumprimento de responsabilidade social da AFVTER. Agora, há uma nova denúncia, por parte do ISS, ao Ministério Público.
A instituição acolhe atualmente 16 menores em risco. Há cerca de um mês ainda haviam testemunhas no processo. Segundo Augusto Moreira, em declarações ao Público, afirmou o seu conhecimento do curso de um processo mas disse desconhecer o ponto em que o mesmo se encontra.
A Polícia Judiciária questionou os contratos dos veículos utilizados, segundo o presidente da associação, que exerce funções há oito anos. Salientou ainda que “não foi encontrada matéria criminal” mas que a AFVTER foi constituída arguida.
Apanhados “de surpresa” com investigação
Augusto Moreira, que perdeu a mãe e o irmão na tragédia de Entre-os-Rios mostrou-se desolado com a situação, visto que afirma ter-se dedicado inteiramente à causa, fazendo inclusive donativos com dinheiro da sua família e nunca com dinheiro da instituição.
Frisou ainda que nunca utilizou dinheiro da instituição em prol si mesmo. Em causa não estão utilizações do dinheiro da associação pelos dirigentes, apenas de uma investigação relativa à associação.
“Acha que o Presidente e o ministro viriam se soubessem que a instituição está a ser investigada?”, questionou retoricamente Augusto Moreira.
Horácio Moreira, primeiro presidente desta associação, revelou-se surpreso com a notícia e afirmou ao Público que não tem conhecimento de uma investigação.
Salientou também a “seriedade das pessoas que se encontram à frente da instituição”.
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