O PSD actual “é um pagode” e um “disparate total”. A análise é da comentadora da SIC Manuela Moura Guedes que considera que “Rui Rio tem o carisma de um brócolo” e “Montenegro o de uma beterraba”, numa altura em que a crise no partido continua com uma polémica de horários.
No seu habitual espaço de comentário na SIC, Manuela Moura Guedes concluiu que o PSD actual está sem “norte”. “É um pagode”, diz mesmo, criticando que Luís Montenegro resolveu “saltar para a ribalta a poucos meses das eleições”.
“Rui Rio já tem o carisma de um bróculo, Montenegro tem o carisma de uma beterraba”, considera ainda a ex-jornalista, notando que o presidente do PSD e o candidato a líder perdem tempo “em questiúnculas internas e batalhas entre eles“, deixando pouco espaço para convencerem os portugueses a votarem no partido.
“Levá-los a sério é muito difícil”, diz Manuela Moura Guedes, concluindo que “tudo isto é um disparate total”.
A comentadora da SIC começou por fazer referência às declarações de Manuela Ferreira Leite na TSF quando disse que preferia que o PSD tivesse um “pior resultados nas eleições” do que vê-lo a ficar com “um rótulo de direita” que “não faz parte do seu ideário”.
Manuela Moura Guedes lembra que a antiga ministra de Cavaco Silva tinha dito há um ano que “o PSD fica muito bem se vender a alma ao diabo para por a esquerda na rua”.
“É uma para a esquerda e outra para a direita”, atira a comentadora, salientando que Manuela Ferreira Leite, que é apoiante de Rui Rio, “está sem norte”. “Ela resume aquilo em que o PSD está que é coisa nenhuma“, constata ainda.
Polémica com a hora do Conselho Nacional
Entretanto, a crise interna no PSD continua com uma polémica quanto à hora do Conselho Nacional onde Rio espera ver votada uma moção de confiança na sua liderança. O encontro está marcado para as 17 horas de quinta-feira, no Porto, e vários deputados já se queixaram de que a reunião choca com o seu horário laboral.
O deputado Hugo Soares chega a acusar Rio de não ter respeito pelos deputados, em entrevista à TSF.
Em resposta a estas críticas, o presidente da Mesa do Conselho Nacional do PSD, Paulo Mota Pinto, diz aos deputados que podem “faltar justificadamente ao trabalho na Assembleia da República” para irem ao Porto.
“Os deputados podem faltar e devem usar essas faltas. É uma falta perfeitamente justificada, uma vez que se trata de evidente trabalho político“, salienta Paulo Mota Pinto na TSF.
“Já marcar uma reunião para acabar às cinco ou seis da manhã – quando os [militantes do PSD] que são trabalhadores por conta de outrem, no dia seguinte, têm de trabalhar de manhã – seria menos compreensível“, acrescenta.
Paulo Mota Pinto também justifica que o Conselho Nacional vai realizar-se no Porto por ser “a maior distrital” do PSD “e a localização que obriga a menores deslocações”.
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Fonte: ZAP