Um estudo recente, liderado pela fisioterapeuta Karla da Costa Braz Oti, do Hospital Universitário das Clínicas de Teresópolis Constantino Otaviano (HCTCO), avaliou o comportamento cardiorrespiratório de pacientes internados com suspeita ou confirmação de COVID-19 e a eficácia da fisioterapia em seu tratamento. A pesquisa foi conduzida no CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito, em conjunto com o Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, e publicada na revista científica “Ciencia Latina Revista Científica Multidisciplinar”.
A equipe de pesquisa, composta por fisioterapeutas e outros profissionais de saúde do HCTCO, como Bianca de Araújo Mota, Gizeli Vidal de Barro, Leonardo Kinupp Santiago, Luana Mello da Silva, Miriana Carvalho de Oliveira, Ricardo Bach da Fonseca, Rodolpho Martins da Silva, Letícia Corrêa Pimentel e Alba Barros Souza Fernandes, analisou os prontuários de 207 pacientes internados entre março e setembro de 2020.
O estudo observou que a COVID-19 causa alterações significativas na função pulmonar, levando à necessidade de suporte ventilatório, desde oxigenoterapia até ventilação mecânica invasiva (VMI). A pesquisa também investigou o tempo de permanência em diferentes modalidades de suporte ventilatório, a eficácia da posição prona (de bruços) em pacientes com baixa oxigenação, o sucesso do desmame ventilatório e as taxas de alta da UTI e óbito.
Os resultados demonstraram que a maioria dos pacientes necessitou de oxigenoterapia, e cerca de metade precisou de VMI. A posição prona mostrou-se eficaz em pacientes com baixa oxigenação, e a fisioterapia desempenhou um papel crucial no desmame ventilatório, com muitos pacientes recebendo alta hospitalar. No entanto, a taxa de mortalidade em pacientes que necessitaram de VMI foi alta, evidenciando a gravidade da doença.
Este estudo contribui para a compreensão do impacto da COVID-19 na função respiratória e destaca a importância da fisioterapia no tratamento de pacientes internados. As descobertas podem auxiliar na definição de estratégias mais eficazes para o manejo da doença e na melhoria dos desfechos clínicos.