Um estudo recente conduzido pelo neurocientista Fabiano de Abreu Rodrigues, pesquisador da Logos University International, em colaboração com o médico Luiz Felipe Chaves Carvalho, também da mesma instituição, explorou o potencial promissor das células-tronco no tratamento da dor, especialmente a dor neuropática. A pesquisa foi publicada na revista científica “RECISATEC – Revista Científica Saúde e Tecnologia”.
As células-tronco, conhecidas por sua capacidade de se transformar em diversos tipos de células do corpo, têm sido objeto de crescente interesse na medicina regenerativa. O estudo em questão focou nas células-tronco mesenquimais (MSCs), encontradas em tecidos adultos como a medula óssea e o tecido adiposo.
A pesquisa revisou a literatura científica sobre o uso de células-tronco no tratamento da dor neuropática, uma condição crônica e debilitante que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A dor neuropática é causada por danos ou disfunção no sistema nervoso, resultando em dor persistente e muitas vezes resistente aos tratamentos convencionais.
Os resultados da revisão bibliográfica indicaram que as células-tronco mesenquimais podem desempenhar um papel fundamental no alívio da dor neuropática. As MSCs possuem propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras, o que significa que podem reduzir a inflamação e modular a resposta do sistema imunológico, fatores que contribuem para a dor neuropática.
Além disso, as células-tronco têm a capacidade de se diferenciar em células nervosas, o que pode ajudar a reparar o tecido nervoso danificado e restaurar a função normal do sistema nervoso. Essa capacidade regenerativa das células-tronco oferece uma nova esperança para o tratamento da dor neuropática, que muitas vezes é difícil de controlar.
Embora os resultados sejam promissores, os autores enfatizam a necessidade de mais pesquisas para padronizar o tratamento com células-tronco e entender completamente seus mecanismos de ação. No entanto, o estudo destaca o potencial revolucionário dessa terapia inovadora no tratamento da dor crônica, abrindo caminho para novas abordagens terapêuticas e oferecendo esperança para pacientes que sofrem de dor neuropática.