Um estudo recente, liderado pelo neurocientista Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, PhD, explorou as anormalidades na estrutura e função cerebral em pacientes com Transtorno Depressivo Persistente (TDP), anteriormente conhecido como Distimia. A pesquisa, conduzida no Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH) em conjunto com o Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, foi publicada na revista científica “Cognitionis”.
O estudo analisou diversas pesquisas que utilizaram métodos de neuroimagem estrutural e funcional para comparar o cérebro de pacientes com TDP ao de indivíduos saudáveis. Os resultados revelaram alterações significativas em áreas cerebrais importantes, como o córtex pré-frontal dorsolateral, a amígdala, o córtex cingulado anterior e a ínsula. Essas regiões estão envolvidas no processamento de emoções, tomada de decisões, memória e atenção, funções que são frequentemente afetadas em pessoas com depressão.
Além das alterações cerebrais, o estudo também investigou a relação entre o TDP e mudanças nas células imunes. Pesquisas anteriores da Dresden University of Technology já haviam demonstrado que transtornos depressivos podem levar a alterações em células do sistema imunológico, como monócitos, neutrófilos, eritrócitos e linfócitos.
O Prof. Dr. Abreu aprofundou a análise dessas alterações, investigando a hiperatividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) e a inflamação crônica de baixo grau, que são características comuns em pacientes com depressão. O estudo também explorou o papel dos neurotransmissores, como a serotonina, dopamina e noradrenalina, na fisiopatologia do TDP.
As descobertas da pesquisa podem ter implicações significativas para o diagnóstico e tratamento do Transtorno Depressivo Persistente. Ao identificar as alterações cerebrais e celulares associadas ao TDP, os cientistas podem desenvolver terapias mais eficazes e personalizadas para pacientes com essa condição, melhorando sua qualidade de vida e bem-estar.