Em todo o mundo teme-se que os serviços de saúde públicos não aguentem o embate da pandemia da covid-19 e receia-se os efeitos que a paralisação da economia terá na vida de milhares de milhões de pessoas, preparando-se pacotes económicos nunca antes vistos. Contudo, apesar deste estado calamitoso, os Estados continuam a investir enormes recursos na compra e venda de armas e poderio militar.
O International Peace Bureau (IPB), avançou com uma campanha mundial para se abandonar a prioridade da guerra a favor da saúde e de gastos sociais, alicerçados num novo contrato social mundial, para se fazer um combate alargado à pandemia e suas consequências. Para isso, está a promover uma petição que será entregue à Assembleia-Geral das Nações Unidas a 1 de Setembro, na sessão de abertura dos trabalhos.
“Estamos a testemunhar as consequências de decisões políticas irresponsáveis que levaram a um subinvestimento na saúde. Os sistemas de saúde estão, por todo o mundo, a atingir os limites da sua capacidade e os heróicos profissionais de saúde estão na linha da frente sob imensa pressão”, lê-se na petição. “Privatizações, medidas de austeridade e o sistema neoliberal levaram a que sistemas de saúde nacionais, regionais e locais estejam à beira do colapso”, continua o documento, sublinhando que a saúde é um direito humano.