Alguns bares estão a contornar as restrições impostas pelo novo coronavírus. Este tipo de estabelecimentos está a reabrir como café ou restaurante para poder manter atividade.
Os proprietários de bares continuam com dúvidas em relação ao futuro, sem saber ao certo aquilo que podem esperar. O Governo já admitiu a reabertura gradual dos bares, mas ainda não há datas para tal acontecer. Segundo a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, a reabertura será feita “à medida que tenham orientações específicas para o seu funcionamento”. Até lá, os donos destes estabelecimentos continuam às escuras.
Face a esta situação, alguns bares estão a optar por se readaptar. Mais especificamente, alguns bares e estabelecimentos de diversão noturna estão a recorrer a outras classificações das atividades económicas (CAE) para reabrirem como cafés ou restaurantes, noticia esta segunda-feira o Jornal de Notícias.
O setor exige à tutela “equidade” e a definição da data de retoma. Entretanto, alguns vão aproveitando-se das normas estabelecidas para cafés e restaurantes, a funcionar desde 18 de maio.
É o caso do espaço “Maus Hábitos”, no Porto, que está a funcionar desde 1 de junho, após ter expandido o restaurante à sala club e funcionando também como café. A obrigação de fechar às 23h mantém-se.
“Temos 28 funcionários. Tínhamos que ativar rapidamente os da cozinha e sala”, disse o gerente Daniel Pires.
Em Lisboa, também o “Roterdão Club” optou por uma alternativa idêntica. A gestora do espaço está a tratar do CAE para restauração, de modo a poder servir à mesa até que se encontre uma solução para os bares e discotecas.
“Esta situação é muito injusta. As festas estão a acontecer – há restaurantes a anunciar bailes”, criticou a gerente do “Roterdão Club” em declarações ao JN.
“A socialização está a acontecer nas ruas. A batota está instalada. Há bares a abrir com CAE de restaurante ou café, mas com o mesmo serviço e a aglomerar gente à porta”, salientou, por sua vez, o presidente da Associação dos Bares da Zona Histórica do Porto, António Fonseca.
Fonte: ZAP