Um estudo recente, liderado pelo neurocientista pós-PhD Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, da Califórnia University FCE, em Portugal, investigou a relação entre o medo do novo e a inteligência. A pesquisa, publicada na Revista Boaciencia. Saúde e Meio Ambiente, sugere que pessoas com alto QI (Quociente de Inteligência) tendem a lidar melhor com o medo do desconhecido devido a suas habilidades cognitivas superiores.
O medo é uma emoção primitiva que desencadeia reações bioquímicas no corpo, como taquicardia e sudorese, e está associado à falta de informações sobre o futuro. Essa incerteza pode levar à ansiedade, fobias e decisões impulsivas. No entanto, o estudo argumenta que pessoas com alto QI possuem habilidades cognitivas que as ajudam a modelar, captar e prever situações, levando a melhores decisões e reduzindo o medo.
A pesquisa destaca o papel das funções executivas do cérebro, como planejamento, tomada de decisão e resolução de problemas, na capacidade de lidar com o novo. Pessoas com alto QI tendem a ter essas funções mais desenvolvidas, permitindo que analisem situações de forma mais eficaz e encontrem soluções criativas para os desafios.
Além disso, o estudo explora a relação entre a inteligência emocional e o medo do novo. Pessoas com alta inteligência emocional são mais capazes de gerenciar suas emoções e lidar com situações estressantes, o que pode ajudar a reduzir o medo do desconhecido.
Em suma, a pesquisa sugere que a inteligência, tanto cognitiva quanto emocional, desempenha um papel importante na forma como as pessoas lidam com o medo do novo. Ao desenvolver suas habilidades cognitivas e emocionais, os indivíduos podem superar o medo do desconhecido e tomar decisões mais informadas e eficazes.