Programação envolve 14 municípios e arranca a 6 de novembro em Resende
O festival Inventa está de regresso ao território do Tâmega e Sousa. Depois da animação cultural proporcionada pela Travessia da Ponte e pelo Ciclo de Música ao Luar, que trouxe até aos palcos instalados em diversos pontos deste vasto território nomes como André Henriques (Linda Martini), Luís Severo, Peixe (Ornatos Violeta), Cristovam, Monday, Marinho, Valter Lobo, Orquestra do Norte, Crassh e Deabru Beltzak ao longo dos meses de maio, junho e julho (o espetáculo de abertura deu-se a 29 de maio em Mosteirô, junto à ponte que liga os concelhos de Cinfães e Baião), a retoma das atividades vai verificar-se já no próximo mês de novembro com um novo ciclo, uma nova etapa do ‘Inventa’, cuja denominação é Filarmonia (Re)visitada.
Convém relembrar antes de mais, até para se perceber o alcance, que o Inventa se desenvolve numa área geográfica correspondente a 14 municípios, potenciando o desenvolvimento de uma rede de programação ampla, dispersa e inclusiva, num território com uma população de aproximadamente 543.000 habitantes que inclui os seguintes concelhos: Amarante, Baião, Cabeceiras de Basto, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Mondim de Basto, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Resende.
Deste modo, a 6 de novembro (sábado), pelas 21h30, terá lugar a primeira apresentação ao público no Auditório Municipal de Resende, resultante do desafio proposto ao maestro Osvaldo Ferreira, algo que se traduziu numa seleção de músicos emergentes do território a partir das associações e bandas filarmónicas regionais e locais, afinal as estruturas onde uma parte substancial dos jovens desperta para o fenómeno musical no nosso país.
Os 28 músicos do Douro, Tâmega e Sousa selecionados para esta nova etapa, a da Filarmonia (Re)visitada, terão oportunidade de afirmar-se em cinco palcos distintos (de novembro de 2021 a fevereiro de 2022), após um trabalho aturado de cocriação com o maestro.
Como complemento essencial à filosofia subjacente ao conceito desta ação em concreto visada pela Filarmonia (Re)visitada, pode sublinhar-se que: “O contexto dramatúrgico concorre com os objetivos de exploração da história do território intervencionado, potenciando abordagens contemporâneas e inusitadas ao repertório habitualmente interpretado pelas bandas filarmónicas”. A este desígnio da organização junta-se a convicção de que a ação em causa pode constituir “um claro projeto de capacitação e potenciador do legado através da mediação cultural”.
Após o concerto já anunciado para Resende, Cinfães é a localidade que se segue, com espectáculo marcado para 13 de novembro, sábado, no Auditório Municipal (21h30); Paços de Ferreira acolherá o seguinte, a 20 de novembro (sábado) e que decorrerá no Auditório da Biblioteca Municipal Professor Vieira Dinis (21h30); o Auditório Municipal de Lousada está também nas coordenadas desta etapa e recebe a iniciativa a 12 de fevereiro (sábado) à mesma hora; por fim, a 19 de fevereiro a Casa do Xiné – Centro Cultural, em Quintandona, Lagares, Penafiel, acolherá o concerto de encerramento da Filarmonia (Re)visitada.
Na calha da programação do Inventa está também um Ciclo de Órgão de Tubos, que arrancará em dezembro, tendo como participantes alguns reputados instrumentistas como o francês Olivier Latry ou o português João Vaz, que será acompanhado por Tiago Simas Freire, um especialista em corneta histórica e flautista de créditos firmados.
O cardápio programático do Inventa não descura as ações inclusivas. Por isso, janeiro será o mês de apresentação do projeto Música em Comunidade, com recurso à Orquestra Energia de Amarante – um coletivo musical formado por alunos do Agrupamento de Escolas Amadeo de Souza-Cardoso, com direção artística do CCA – Centro Cultural de Amarante, cuja tónica, o mote, é a integração de crianças e jovens oriundos de contextos sociais e económicos vulneráveis, dando-lhes acesso a formação musical e incentivando o sucesso académico, combatendo o abandono escolar e despertando os participantes para a construção dos seus projetos de vida.
O festival Inventa contempla ainda em 2022: um Ciclo de Circo Contemporâneo no Património, a decorrer em março, um Ciclo de Performance Visual Musicada, em abril, e ainda um Projeto Comunitário Intermunicipal, em maio.
O Inventa é um projeto promovido no âmbito da operação Cultura em Rede – Tâmega e Sousa, sendo cofinanciado pelo NORTE 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.