O novo Acordo de Empresa que a Administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) pretende implementar está a gerar revolta entre os trabalhadores e já levou à convocação de uma greve para sexta-feira, 24 de Agosto. Em causa está a aproximação dos salários e dos direitos dos trabalhadores do Banco público aos dos sector privado.
O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) e o Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Financeira convocaram uma greve para esta sexta-feira, 24 de Agosto, em protesto contra o novo Acordo de Empresa (AE) que foi apresentado pela Administração.
Paulo Macedo, que lidera o Conselho de Administração da CGD, pretende aproximar os custos salariais dos trabalhadores do banco com aqueles que são praticados no sector privado, e isso passa, inevitavelmente, pela “eliminação de direitos e controlo” dos ordenados, como repara o jornal Expresso.
De acordo com o semanário, o novo AE prevê o fim das promoções automáticas por antiguidade e das anuidades, e também acaba com a preferência no preenchimento de postos de trabalho e com a assistência na saúde.
Estas são algumas das medidas que a administração de Paulo Macedo defende e que estão a provocar uma verdadeira “batalha” com os trabalhadores, como refere o Expresso.
O facto de a CGD ter revelado o novo AE numa altura em que registou um lucro líquido de 194 milhões de euros, no primeiro semestre de 2018, só agudizou o mal-estar entre os trabalhadores.
O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários e a Febase – Federação Nacional do Sector Financeiro demarcam-se da greve, mas João Lopes, dirigente do STEC, refere no Expresso que “a declaração de greve é uma manifestação de descontentamento e independentemente da sua adesão”, há “dados que permitem dizer que mesmo quem não faça greve não está satisfeito”.
Fonte: ZAP