Quatro entidades públicas venezuelanas apresentaram providências cautelares contra o bloqueio de contas do Novo Banco. São exigidos 1,5 mil milhões de euros de depósitos congelados pelo banco português.
O Novo Banco pode estar perto de perder 5,3% do total dos seus depósitos, depois de quatro entidades públicas venezuelanas terem apresentado providências cautelares no Tribunal de Comércio de Lisboa. As entidades em causa são o Banco de Desarrollo Economico y Social (Bandes), Petróleos de Venezuela (PDVSA), PDVSA Services e Petrocedeño.
De acordo com o Jornal Económico, os venezuelanos reclamam a execução de uma centena de ordens de pagamento que têm sido recusadas pelo Novo Banco desde fevereiro, por suspeitas de branqueamento de capitais.
O congelamento destas contas ocorreu um dia depois de o presidente interino, o autoproclamado Juan Guaidó, ter pedido aos países para ajudarem os venezuelanos a manter o dinheiro no país. Guaidó avisava, em fevereiro, que o Governo de Maduro estaria a tentar transferir uma quantia superior a 1000 milhões de dólares para um banco uruguaio.
Em entrevista a uma televisão Espanhola, Maduro acusou Portugal de “sequestrar” 30 milhões de euros, afirmando que a Venezuela está a ser alvo de uma “guerra económica” que visa “asfixiar” a economia do país.
A PDVSA, uma das entidades queixosas, já anunciou a transferência da sua sede na Europa de Lisboa para Moscovo. Além disso, o Novo Banco aguarda uma injeção de capital no valor de 1.149 milhões de euros.
Nos próximos dias, o Tribunal de Comércio de Lisboa irá decidir em relação à matéria, podendo levar a que o Novo Banco seja obrigado a libertar os 1,5 mil milhões de euros, que mantém congelados desde fevereiro.
Fonte: ZAP