Este domingo, 12 de janeiro, a ADEP (Associação de estudo e Defesa do Património Histórico-Cultural de Castelo de Paiva), situada no Parque das Tílias, freguesia de Sobrado e Bairros, acolheu em seu salão a abertura da exposição de fotografias de Pereira Lopes.
O evento teve abertura pelas 11h, com a presença do autor e do presidente da ADEP, Martinho Rocha, que se seguiu de pequena tertúlia e almoço volante com as pessoas envolvidas em projectos ligados ao património material e imaterial das Minas do Pejão em que participa a ADEP.
A exposição e o trabalho de Pereira Lopes representam um importante legado cultural e histórico para o concelho de Castelo de Paiva e seus habitantes.
Com o tema “20 anos depois”, que dá nome ao livro coletânea de imagens registadas no Couto Mineiro do Pejão, a exposição revela ao grande público imagens de mineiros e pessoas envolvidas com a extração do carvão em terras paivenses 20 anos depois do encerramento das minas em 1994.
História do Couto Mineiro
Formado por várias explorações de carvão das quais se destacam as do Pejão, Fojo e Germunde, o Couto Mineiro teve o início da sua atividade em 1859.
Geridas pela Empresa Carbonífera do Douro (ECD), estas explorações estavam integradas na bacia carbonífera do Douro, com rochas da idade Paleozoica do período do Carbónico. Da sua história, destaca-se o período a partir de 1933 com a chegada do belga Jean Tyssen que, com um elevado investimento, aumenta a produção das minas de uma forma impressionante, atingindo em 1957, as 350 000 toneladas de carvão extraído.
Devido ao êxito da extração das minas do Pejão naquela altura, com os recursos provenientes das mesmas, foram aplicadas importantes políticas sociais, com investimentos na saúde, desporto, cultura, bem como na melhoria das condições de trabalho. Em 1994 as minas são oficialmente encerradas e, no mesmo ano, é inaugurada a estátua de homenagem ao mineiro, em Germunde.