A Internet está dividida e em busca da resposta certa para uma equação matemática. Pode a mesma equação ter dois resultados distintos?
No dia 28 de julho, um utilizador lançou a confusão no Twitter: Quanto é 8÷2(2+2)?
Os utilizadores tentaram resolver a equação matemática, mais de 13 mil vezes até. Mas se uns dizem que é óbvio que a resposta é 1, outros dizem que é impossível que o resultado seja outro que não 16.
Ainda assim, segundo o Observador, todos concordam numa coisa: a primeira operação a resolver é a que está entre parêntesis, 2+2, ou seja 4. O problema vem a seguir: perante 8÷2(4) que operação deve ser feita primeiro? A divisão ou a multiplicação? A equação surge numa imagem do filme The Last Naruto: the movie.
Nos Estados Unidos, as respostas distintas têm a ver com o método com que cada um aprendeu a fazer operações matemáticas na escola: o PEMBDAS (Parenthesis, Exponents, Multiplication, Division, Addition, Subtraction) ou o BODMAS (Brackets, Orders, Division, Multiplication, Addition, Subtraction).
As mnemónicas servem para ajudar a memorizar a forma como uma equação deve ser resolvida. No PEMBDAS, a multiplicação aparece antes da divisão, enquanto que no BODMAS, é a divisão que aparece primeiro.
Desta forma, quando a conta é feita dando prioridade à multiplicação, perante 8÷2(4), multiplica-se primeiro 2 por 4, o que dá 8. E ficamos com 8÷8=1. Mas se a prioridade for dada à divisão, perante 8÷2(4), divide-se primeiro 8 por 2, o que dá 4 – e ficamos com 4(4), uma multiplicação, que dá 16.
Contudo, isto não significa que a equação possa ter dois resultados diferentes. Manda a Matemática que a multiplicação e a divisão têm igual precedência (tal como a soma e a subtração) e, desde que não haja parêntesis envolvidos, as operações devem ser resolvidas da esquerda para a direita.
Isto significa que, neste caso concreto, a divisão deve realizar-se primeiro, tal como explica Presh Talwalkar, autor de vários sobre jogos matemáticos, num vídeo no YouTube.
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O especialista, que estudou Economia e Matemática em Stanford, nos Estados Unidos, explica que esta é a única conclusão possível segundo os métodos modernos de cálculo. Ainda assim, ressalva que houve alturas na História em que os métodos antigos poderiam conduzir ao resultado de 1.