Com um aviso de apenas algumas horas de antecedência, um asteróide de grandes dimensões passou este fim de semana entre a Terra e a Lua – surpreendendo os astrónomos, que só se aperceberam do corpo celeste momentos antes da aproximação.
Os asteróides gigantes – ou como este, “apenas” do tamanho de uma casa – estão a ganhar o mau hábito de nos aparecer de surpresa. Foi o caso do 2018 GE3, que este fim-de-semana nos visitou sem se fazer anunciar.
O asteróide foi descoberto este sábado pelo Catalina Sky Survey, da Universidade do Arizona. O corpo celeste sobrevoou a órbita da Lua poucas horas depois de descoberto. O astrónomo amador austríaco Michael Jäger registou a trajectória do objeto a passar pelas constelações do sul de Serprens.
“O 2018 GE3 é o maior asteróide conhecido a passar tão perto da Terra na história da observação”, disse Jäger, citado pelo space.com.
“A intensidade da luz reflectida no 2018 GE3 indica que o corpo teria de 48 a 110 metros de largura”, disse Jäger. “Este asteróide é 3.6 vezes maior do que o que o famoso asteróide de Tunguska, que em 1908 arrasou 2000 km2 de floresta na Sibéria.
Se o asteróide tivesse atingido a Terra, a devastação teria sido regional, mas não global, e é possível que o 2018 GE3 pudesse desintegrar-se na atmosfera antes mesmo de atingir o nosso planeta.
Não há no entanto a certeza de que consequências poderia ter o impacto do asteróide no nosso planeta, nem forma de antecipar em que local o iria fazer, uma vez que que mapear as trajectórias de impacto dos objectos que caem na Terra é notoriamente difícil.
Há alguns anos, o Congresso dos Estados Unidos encarregou a NASA de identificar e vigiar todos os objectos celestes com mais de 140 metros de largura que, num futuro mais ou menos longínquo, pudessem ter uma trajectória de colisão com a Terra – os chamados Near Earth Objects, ou NEOs.
Até agora a agência espacial norte americana identificou e mantém sob vigilância mais de 17.000 NEOs – aos quais se junta agora o 2018 GE3, que aparentemente tinha escapado.
Fonte: ZAP