A líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, exige o alargamento das contribuições extraordinárias à energia, distribuição e seguros para viabilizar o Orçamento Suplementar.
O Bloco de Esquerda já admitiu que iria viabilizar o Orçamento Suplementar, na generalidade, mas faz algumas exigências para que tal aconteça. Catarina Martins quer o alargamento das contribuições extraordinárias a outros setores, nomeadamente à energia, grande distribuição e seguros.
Em declarações ao Jornal Económico, a líder do BE considera que estes três setores “lucraram com a crise”, razão pela qual “devem ser chamados a contribuir” de forma extraordinária.
Além disso, os bloquistas querem ainda o lay-off com salário a 100% para a maioria dos trabalhadores e apoios para precários, escreve o jornal Eco.
Em relação à saída de Mário Centeno da pasta das finanças, Catarina Martins não se mostrou surpreendida. “A vontade de Mário Centeno sair já era conhecida há algum tempo e depois do episódio da injeção no Novo Banco, antes da auditoria, ficou claro que iria acontecer e que o ministro faria apenas o Orçamento Suplementar”, disse.
“Negociávamos orçamentos em condições muito pessimistas em relação ao que ele sabia que poderia acontecer. Mas aquilo que combinámos foi genericamente cumprido e essa relação de confiança é importante”, acrescentou Catarina Martins, falando do desempenho do antigo ministro das Finanças.
Fonte: ZAP