Organizado pela Câmara Municipal em parceria com a Academia de Música de Castelo de Paiva, Payva D’Ouro assinalou o regresso do Teatro do Bolhão à Bienal de Cultura de Castelo de Paiva e transformou o centro da vila em um grande teatro a céu aberto que iluminou a noite paivense, a trazer cultura, arte e música que representam a história do concelho e de suas gentes.
O espectáculo, dirigido por António Capelo, distinguido com a medalha de Mérito Municipal Grau Ouro, tornou a praça central de Paiva um evento teatral e multidisciplinar de grande escala, envolvendo profissionais do Teatro do Bolhão, alunos da ACE Escola de Artes e membros da Comunidade de Paiva (indivíduos, associações e grupos informais).
A Academia de Música de Castelo de Paiva atuou ao vivo durante o espetáculo, que contou com o coro e orquestra desta importante instituição do concelho interpretando músicas do Cancioneiro Popular da região.
Segundo os organizadores, Payva D’ouro é uma celebração da região de Paiva, da sua identidade e da memória coletiva das suas gentes e constrói-se a partir da presença do rio e da sua relação orgânica com a terra a as gentes. O Rio é entendido como ponto de partida e de chegada, caminho, espaço de viagem, de trabalho e de vivência quotidiana. É, também, poeticamente a “porta mágica” para outros mundos e outros tempos. Assim, a 19 de Julho o teatro, o circo, a dança, a música e o canto habitarão varandas, fachadas e janelas do Largo, num evento espetacular e festivo com cerca de 500 intervenientes.
Para António Capelo: “o adro da igreja transformou-se num enorme cais, onde a vida se anima e a nossa memória se ergue à altura da vela que evocará, em imagens, o tempo que já foi de outros, dos outros que foram a nossa família e continuam a ser a nossa comunidade. Onde os sons encherão os nossos ouvidos das cantigas que ouvimos em casa, nas ruas, nos campos e sobre as próprias águas dos rios todos do nosso concelho”.
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