Mário Cruz / Lusa
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins
Antes de começarem as negociações do Orçamento do Estado para 2021, o Bloco de Esquerda querem ver cumpridas três pré-exigências que já figuravam do anterior Orçamento.
“É para nós muito importante cobrar o que não foi cumprido, porque nós não nos esquecemos”, atirou Catarina Martins, este fim de semana, enquanto falava a um grupo de trabalhadores de pedreiras.
Antes de começar a negociar o Orçamento do Estado para 2021, o Bloco de Esquerda quer ver cumpridas algumas promessas do anterior Orçamento. Antes de o partido avançar para negociações com o Governo, há três pré-exigências que devem ficar garantidas, escreve o Expresso.
Aplicar o fim do fator de sustentabilidade a profissões de desgaste rápido é um dos pontos cruciais elencados pelos bloquistas. Durante as duas declarações no fim de semana, Catarina Martins recordou que com a entrada em vigor do OE2020, o fator de sustentabilidade deveria ter deixado de se aplicar às profissões de desgaste rápido.
Além disso, fonte do partido afiançou, ao Expresso, que a descida do IVA da eletricidade e a contratação definitiva do número de profissionais de Saúde que ficou inscrito no último Orçamento são os outros dois requisitos.
Quanto ao IVA da luz, o Executivo fez depender a redução do imposto de uma autorização legislativa da Comissão Europeia, que chegou em junho. O calendário do Governo previa a aplicação da medida apenas no último trimestre deste ano. Todavia, o Bloco de Esquerda exige que a medida seja concretizada assim que possível. António Costa já deu ‘luz verde’ a esta possibilidade.
O reforço do SNS é outro dos focos do partido de Catarina Martins, que foi muito debatido no último Orçamento. É necessária uma maior contratação de profissionais de Saúde, algo que o chefe de Estado também já abriu a porta: “Para o ano vamos ter de reforçar o número de contratados, não só no SNS como noutros serviços do Estado. Tendo de fazer opções, vamos investir mais no aumento de número de trabalhadores do que em aumentos salariais”.
Fonte: ZAP