O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, recebeu este domingo (26) o apoio de milhares de pessoas que se manifestaram em todos os 27 estados e em pelo menos 153 cidades do país, segundo informações divulgadas pela imprensa brasileira.
As manifestações foram organizadas por grupos de direita e planeadas como uma resposta aos protestos contra o contigenciamento das verbas para a Educação anunciado pelo Governo, realizado no último dia 15 de maio, e que levou milhares de estudantes e professores às ruas em mais de 170 cidades do país.
Bolsonaro tem recebido, em especial no Rio de Janeiro e São Paulo, apoio da maioria da colónia portuguesa no Brasil. Dirigentes de casas de Portugal e outros líderes comunitários falam em 80% a 90% de lusodescendentes ao lado do capitão. Até Roberto Leal, português mais conhecido a viver no Brasil, declarou ter votado nele: “Olhe, o PT foi com sede demais ao pote e o Brasil só não faliu porque não é a Venezuela”, referiu António Ramos, presidente da Casa de Portugal em São Paulo. “A esmagadora maioria da colónia portuguesa na nossa cidade, uns 80%, apoia o Bolsonaro. A rejeição ao PT é maior, em todos os âmbitos da nossa comunidade, não apenas entre os comerciantes”, também referiu Pedro Peixoto, vice-presidente da Casa de Portugal de Campinas, uma das maiores cidades do estado de São Paulo.
O presidente brasileiro alega que tem enfrentado dificuldades em governar por causa do alegado boicote que está a sofrer do chamado ‘Centrão’, que concentra a maioria no parlamento. Na política brasileira, o centrão refere-se a um conjunto de partidos políticos que não possuem uma orientação ideológica específica e tem como objetivo assegurar uma proximidade ao poder executivo. Os parlamentares, deputados e senadores brasileiros, tem procurado se articular para limitar os poderes do presidente e tentar implantar um ‘parlamentarismo branco’, além de obstruir votações consideradas importantes pelo governo.
“O Brasil, fora desses conchavos, é ingovernável. O país é governado exclusivamente para atender aos interesses de corporações com acesso privilegiado ao orçamento público. Não só políticos, mas servidores-sindicalistas, sindicalistas de toga e grupos empresariais bem posicionados nas teias de poder. Os verdadeiros donos do orçamento”, referiu Bolsonaro.