Juntar música e matemática pode, à primeira vista, não fazer muito sentido! Contudo, é um conceito cada vez mais estudado e desenvolvido e para o especialista são as duas faces da mesma moeda.Uma das referências mundiais mais importantes nesta área está de visita a Castelo de Paiva.
Gilles Bairon é músico, compositor e matemático mas é sobretudo alguém que se dedica à matemúsica, à representação da musica em quatro dimensões fazendo também uso da realidade virtual.
Gilles trabalha diretamente com várias universidades em muitos continentes, passando pela universidade de Toulouse, Tóquio, Oxford ou o MIT. Com a colaboração desta última instituição lançará um livro sobre o tema já no próximo ano.
Faz conferências em todo o mundo onde explica este conceito e brevemente estará na universidade de Coimbra, a convite da mesma para participar na MCM 24 (Society for Mathematics and Computation in Music) em junho.
O mesmo criou um museu virtual em conjunto com entidades de Atlanta, Estados Unidos e que pode ser visitado em www.mathmusic.net.
Todo este conceito é muito interessante e segundo Gilles ele próprio gosta de fazer a experiência de tocar de improviso com quem não tem formação musical, mesmo crianças e perceber que depois de pouco tempo há uma sincronização. Segundo o próprio nem sempre devemos apenas obedecer à “gramática musical” pois quando nos conseguimos abstrair dela ficamos com a música criada pela alma e com prazer.
A música deve ser uma forma de conectar pessoas, a natureza e também a Deus para quem crê e devemos, segundo ele, estar dispostos a aceita-la com coração e mentes abertos.
Gilles integra ainda sociedades de alto QI como a TNT (Tripé Nine Society) e ISI Society, esta última muito ligada a pessoas que apresentem capacidades criativas extraordinárias. Inclusive, a ISI Society tem como atual presidente um membro da sociedade paivense e deste jornal.