Quantos males ainda a Covid-19 vai nos mostrar? Além de milhões de mortes pelo planeta, agora cientistas da Imperial College de Londres indicam que alguns doentes com casos mais graves de infeção pelo coronavírus podem ver a função cerebral afetada. Esses pacientes teriam um declínio mental equivalente a dez anos de envelhecimento cerebral.
O principais jornais de Portugal como jornal Diário de Notícias trouxram informações que de acordo com o estudo realizado em 84.285 pacientes, que ainda não foi submetido a revisão, alguns doentes recuperados mostraram problemas cognitivos significativos que duraram meses.
E pelo jeito os problemas são ainda mais graves, pois os pesquisadores revelam ainda que “existem consequências cognitivas crónicas”.
Foram realizados testes cognitivos para avaliar a capacidade do cérebro executar tarefas, nomeadamente lembrar palavras ou ligar pontos num quebra-cabeças, habitualmente utilizados para avaliar o desempenho do cérebro em doenças como Alzheimer e que ajudam ainda os médicos a avaliar deficiências cerebrais temporárias.
Os défices cognitivos eram “substanciais”, particularmente entre pessoas que haviam sido hospitalizadas com covid-19, com os piores casos a mostrarem impactos “equivalentes ao declínio médio de dez anos no desempenho global”.
Alguns cientistas expressaram a preocupação com a avaliação realizada porque a função cognitiva dos participantes não era conhecida antes de terem estado infetados, mas também porque qualquer impacto cognitivo poderá ser temporário.
Segundo o Imperial College estes sinais foram já constatados em várias partes do mundo, com uma série de doentes recuperados ainda com sintomas de problemas cognitivos ainda após um exame negativo.
Essa situação sugere um sintoma que dá pelo nome de long covid, e de acordo com os estudos afeta 10% das pessoas que estiveram infetadas.
Na prática, os pacientes estão oficialmente curados, com testes negativos, mas continuam a apresentar queixas que duram mais de três meses. Cansaço, fraqueza, falta de ar, erupções cutâneas, perda de memória, ansiedade e dores musculares, são os males que impossibilitam a volta ao normal.
Os cientistas de váios pontos domundo vêm publicando estudos onde o coronavírus vai ficando conhecido por causar problemas neurológicos, problemas estes que são descritos como a perda da memória de curto prazo. os estudos mostram que outros pacientes perdem a concentração, esquecem-se de pormenores do dia e com tudo isso, perdem capacidade de trabalho.
Os estudos do Imperial College vão além, e afirmam que sintomas como fadiga persistente, névoa cerebral, sensação de melhora nuns dias e de piora noutros, além de problemas cardíacos, respiratórios e neurológicos, podem ser causadas por alguns vírus da família do coronavírus, como são os casos da síndrome respiratória aguda grave (SARS) e da síndrome respiratória do Médio Oriente (MERS).
Os cientistas já tinham alertado que essas doenças, SARS e MERS, eram sinais de que algo pior estava por vir, e cá estamos.