A China vai suspender as visitas da Marinha dos Estados Unidos (EUA) a Hong Kong e impor sanções a várias organizações não-governamentais norte-americanas na sequência da promulgação de uma lei de apoio aos direitos humanos e à democracia na região, foi anunciado esta segunda-feira.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, promulgou na quinta-feira uma resolução de apoio aos direitos humanos e à democracia em Hong Kong, aprovada pelo congresso. Esta prevê sanções contra as autoridades chinesas por violações dos direitos humanos e põe em causa o estatuto comercial que Hong Kong beneficia.
Segundo noticiou o Observador, na opinião do governo chinês, a promulgação desta lei tratou-se de um “comportamento despropositado”.
“A China insta os Estados Unidos da América a corrigirem os seus erros e a pararem com quaisquer palavras ou ações que interfiram nos assuntos internos em Hong Kong e na China”, declarou esta segunda-feira Hua Chunying, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, citada pela Associated Press.
“As organizações merecem ser sancionadas e devem pagar um preço”, declarou Hua Chunying, garantindo que existem “factos e evidências que deixam claro que estas organizações não-governamentais apoiam [as forças] anti-China” e “incitam atividades separatistas pela independência de Hong Kong”.
A porta-voz acusou-as ainda de terem “grande responsabilidade na situação caótica de Hong Kong”.
No domingo, milhares de manifestantes voltaram a concentrar-se em Hong Kong, levando a novos confrontos com a polícia, que disparou gás lacrimogéneo e fez algumas detenções. De acordo com a Reuters, centenas de pessoas marcharam em direção ao consulado norte-americano para agradecer o apoio dos últimos meses.
Fonte: ZAP